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União Europeia estuda taxação ao Brasil?

Estadão fez pesquisa sobre informações que circulam em redes sociais

Redação Hoje Maringá
União Europeia estuda taxação ao Brasil? Estadão Verifica buscou informações sobre possível taxação da União Eropeia ao Brasil | Foto: Freepik

Verdade ou falso? É falso que União Europeia tenha ameaçado o Brasil com sanções por negócios com a Rússia


Circula nas redes sociais uma alegação de que a União Europeia estaria preparando sanções contra o Brasil por conta de transações comerciais com a Rússia. No entanto, segundo apuração do Estadão Verifica, essa informação é falsa.


A desinformação confunde dois blocos distintos: a União Europeia (UE), de natureza política e econômica, e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que é uma aliança militar. Quem mencionou possíveis sanções ao Brasil foi a Otan — não a UE.


Nos últimos dias, a União Europeia anunciou seu 18º pacote de sanções contra a Rússia e tem discutido possíveis retaliações aos Estados Unidos, que impuseram tarifas contra países europeus. Em nenhum momento, porém, o bloco europeu citou sanções ao Brasil. O Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) também afirmou desconhecer qualquer movimentação da UE nesse sentido.


Já a Otan, por meio de seu secretário-geral, Mark Rutte, alertou que países como Brasil, China e Índia — integrantes dos Brics — poderiam enfrentar sanções secundárias, caso mantenham relações comerciais com a Rússia. O foco principal seria a importação de diesel e gasolina, atualmente realizada em larga escala pelo Brasil.


O chanceler brasileiro Mauro Vieira reagiu às declarações de Rutte, classificando-as como “descabidas” e lembrando que a Otan é uma aliança militar, sem competência para definir sanções comerciais.


O conteúdo falso, que traz até supostas proibições de voos e circulação internacional, tem sido compartilhado por canais ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Nenhuma dessas publicações cita fontes confiáveis ou documentos oficiais.


Conforme a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), mesmo que haja aumento de tarifas, o Brasil continuará importando combustíveis da Rússia. Isso porque, segundo a entidade, não há hoje outro fornecedor com a mesma capacidade de abastecimento.


A verificação foi feita pelo Estadão Verifica, com base em declarações oficiais, notícias internacionais e informações de órgãos brasileiros.




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