Ônibus queimado, bloqueio de trânsito e suspensão temporária do transporte público: Londrina tem onda de protestos após mortes em confronto

A cidade de Londrina, no norte do Paraná, registrou ao menos 17 protestos desde segunda-feira (17), segundo o Corpo de Bombeiros. A onda de manifestações começou após a morte de dois jovens, de 16 e 20 anos, durante uma abordagem policial no sábado (15).
🚨 Manifestações e destruição
Durante os protestos, que se intensificaram à noite, houve bloqueios em ao menos quatro avenidas e um ônibus foi incendiado. As empresas TCGL e Londrisul suspenderam o transporte público por oito horas devido ao risco de ataques. A circulação foi retomada gradativamente na manhã desta terça-feira (18).
Manifestantes carregavam faixas com frases como "A favela pede paz" e "Nunca foi confronto, é extermínio", expressando revolta pela ação policial.
🚒 Ação do Corpo de Bombeiros
Entre 17h42 e 21h45, o Corpo de Bombeiros recebeu 17 chamados de incêndio, atendendo 12 ocorrências, incluindo nas avenidas Brasília (BR-369), Saul Elkind e Guilherme de Almeida. Em uma das ações, um caminhão dos bombeiros foi apedrejado, danificando o para-brisa.
🚓 Prisões e segurança pública
A Polícia Militar (PM-PR) prendeu quatro pessoas durante as manifestações. Segundo o tenente-coronel Ricardo Eguedis, um motociclista ficou ferido nos atos. A PM contou com o apoio de outras unidades operacionais e não registrou novos incidentes após a madrugada.
🛡️ Resposta do governo estadual
O secretário de Segurança Pública do Paraná, Coronel Hudson Teixeira, viajou a Londrina para acompanhar a situação e anunciou o uso de drones com reconhecimento facial para identificar os responsáveis pelos atos de vandalismo.
Além disso, o Ministério Público do Paraná (MP-PR) e a Corregedoria-Geral abriram um procedimento para investigar as mortes ocorridas na abordagem policial. A Regional de Maringá será responsável pela apuração para garantir imparcialidade.