Uma mulher foi agredida por um sargento da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) durante uma discussão de trânsito em Taguatinga Sul. O caso aconteceu em 20 de maio e foi registrado por câmeras de segurança de um prédio residencial. As imagens, que circularam nas redes sociais, mostram o momento em que a vítima, Karla Cristina, de 45 anos, é empurrada, arrastada e agredida fisicamente pelo militar.

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga o caso, que foi registrado como lesão corporal e injúria. A vítima prestou queixa em uma delegacia e passou por exame de corpo de delito, que constatou escoriações no cotovelo, lesão na cervical, na região mamária e manchas na coxa esquerda. Karla, que é psicopedagoga, está afastada do trabalho e faz uso de medicamentos para tratar as lesões.

O agressor foi identificado como o sargento Antônio Haroldo Camelo da Silva, de 56 anos. Em depoimento à polícia, ele afirmou que estava nervoso no momento da discussão e disse não se lembrar da agressão. Segundo o relato do militar, a vítima estaria impedindo sua entrada na garagem e teria causado danos ao seu veículo.

As imagens mostram que, após uma discussão verbal, Karla tentou registrar a placa do carro do sargento. Mesmo com ela à frente do veículo, ele acelerou, chegando a arrastá-la. Na sequência, o militar saiu do carro e passou a agredi-la com tapas, empurrões e uma rasteira, fazendo com que a mulher caísse no chão. Moradores e funcionários do prédio intervieram para encerrar a briga.

Em nota oficial, a PMDF informou que a Corregedoria instaurou um procedimento apuratório para esclarecer os fatos. O sargento foi afastado do serviço operacional e teve o porte de arma suspenso. A corporação declarou que repudia todo tipo de violência, especialmente contra mulheres, e destacou que desde 2024 todos os policiais militares do Distrito Federal estão passando por cursos de capacitação sobre proteção e respeito às mulheres.

“A PMDF trata o caso com a devida seriedade e reforça seu compromisso com o enfrentamento à violência de gênero, respeitando as garantias do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa”, diz o comunicado.

A apuração continua nas esferas criminal e administrativa.

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