Estamos mais acostumados a aceitar decisões firmes de homens do que de mulheres no poder

A presença da mulher na sociedade, em crescentes posições de liderança e comando, ainda é vista com ressalvas por muita gente. A cultura machista perdoa os homens com muito mais facilidade, quando erram, e cobram com maior rigor as mulheres, às vezes até quando estão certas.

Recente episódio na Câmara de Maringá resultou na demissão de um assessor, por decisão da presidente da Câmara, a vereadora Majô. O exonerado era uma indicação do ex-presidente da Câmara, Mario Hossokawa. Sem entrar no mérito da decisão, o ex-assessor foi ao gabinete da Presidência, visivelmente exaltado, conforme servidores que testemunharam o fato. Conversar, debater, dialogar é algo aceitável, dentro do respeito natural que um presidente da Câmara (e na prática, qualquer pessoa) merece. 

A Presidência da Câmara emitiu uma nota, com o seu esclarecimento dos fatos. Pelo que apuramos hoje na Câmara, foi o que ocorreu:

"A presidente da Câmara Municipal de Maringá, vereadora Majô, esclareceu nesta semana os fatos relacionados à exoneração do então subprocurador da Casa, ocorrida após um episódio interno que envolveu alteração de ânimos durante reunião administrativa.

Segundo informações da assessoria da Presidência, diante do tom elevado adotado pelo servidor na ocasião, a equipe decidiu solicitar apoio de um segurança como medida preventiva. A ação é considerada um procedimento institucional adequado em casos que demandam atenção à segurança e à integridade do ambiente funcional.

A exoneração, conforme informado oficialmente, foi fundamentada em critérios administrativos e tomada no âmbito da responsabilidade da Presidência, sem qualquer motivação pessoal ou emocional.

A presidente Majô afirmou que seguirá conduzindo os trabalhos da Câmara com firmeza, respeito à legalidade e transparência. “Mulheres em cargos de liderança ainda enfrentam resistência quando exercem sua autoridade com clareza e segurança. Mas isso não é motivo para recuar”, destacou.

A gestão da presidente tem priorizado medidas administrativas e estruturais voltadas à modernização da Câmara e à valorização do serviço público. O compromisso com o interesse coletivo e a estabilidade institucional permanece como eixo central da atual legislatura."

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