Mercado internacional reage à tentativa de Trump de intervir no Banco Central americano
"Trump pode quebrar o princípio que sustenta a economia dos EUA"

A decisão do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de intervir diretamente no Federal Reserve (Fed), o Banco Central americano, gerou forte alerta no mercado financeiro internacional. Ao pedir a demissão de uma diretora da instituição, Trump teria buscado formar maioria no colegiado responsável por definir a taxa de juros do país.
Em participação no Bom Dia Brasil, a jornalista Miriam Leitão avaliou que a medida representa um risco inédito para a credibilidade da economia norte-americana.
“Donald Trump está entrando em terreno desconhecido. Em 111 anos que existe, o Banco Central Americano sempre foi considerado a grande cidadela da política monetária. Nunca houve uma tentativa de interferência nas decisões do Banco Central”, afirmou.
Segundo a análise, a Casa Branca passaria a influenciar diretamente os juros, o que poderia abalar a confiança no dólar, até hoje a principal moeda de reserva internacional. “Isso quebra a confiança na moeda, no dólar, que sempre foi considerada a moeda de reserva do mundo inteiro”, destacou Miriam.
A interferência ocorre em um momento de pressões inflacionárias internas, impulsionadas pela adoção de tarifas comerciais. Para a jornalista, a perda de autonomia do Fed poderia fragilizar a credibilidade da política monetária e ampliar riscos globais. “O que acontece nos Estados Unidos repercute no mundo inteiro e todos os países do mundo têm muito dólar em reserva”, observou.
Miriam lembrou ainda que situações semelhantes no passado tiveram reflexos internacionais, como a crise da dívida da América Latina nos anos 1980, quando a alta dos juros americanos impactou diretamente países como Brasil e México.
A imprensa internacional também tem repercutido o episódio. The New York Times e Financial Times destacaram a gravidade da tentativa de Trump de influenciar o Banco Central.
Para a jornalista, caso o ex-presidente consiga ampliar seu controle sobre o Fed, as consequências seriam de difícil previsão: “Se ele tiver sucesso e controlar o Fed, as consequências são imprevisíveis. Os analistas estão dizendo que isso pode ser a quebra de um princípio que sustentou a economia americana em mais de um século.”
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