Polícia Penal de Maringá promove palestra sobre violência doméstica para custodiados
A atividade fez parte da Semana Nacional de Justiça pela Paz em Casa reforçando a conscientização sobre relações familiares e respeito às mulheres

A Polícia Penal do Paraná, em parceria com a Patrulha Maria da Penha, realizou uma palestra na Colônia Penal Industrial de Maringá (CPIM) voltada para 25 pessoas privadas de liberdade (PPL). A ação fez parte da programação da Semana Nacional de Justiça pela Paz em Casa.
A palestra, intitulada “De Homem para Homem”, abordou atitudes e responsabilidades masculinas nas relações familiares, destacando que a violência doméstica vai além da agressão física, envolvendo também ofensas verbais, humilhações, ameaças e controle sobre a vida da mulher.
Durante o encontro, os policiais militares cabo Márcia Fernanda Pereira de Souza e soldado Daniel Fávaro exibiram um vídeo com áudios reais de chamadas de socorro feitas ao 190 por mulheres vítimas de violência. Os participantes tiveram a oportunidade de compartilhar experiências pessoais, refletir sobre comportamentos e discutir novas formas de lidar com conflitos.
O coordenador regional da Polícia Penal em Maringá, Júlio César Vicente Franco, ressaltou que a iniciativa reforça o papel educativo do sistema penal. “A segurança pública vai além da custódia: passa também pela conscientização e pela oportunidade de mudança”, afirmou.
A atividade foi organizada pelas assistentes sociais Franciele Holanda de Moura e Thainá Marieli Andrade, com apoio do Conselho da Comunidade de Maringá. O diretor da CPIM, Silvino José Molina de Sousa, destacou a importância da ação: “Os internos fazem parte da sociedade e possuem responsabilidade na construção de novas formas de convivência”.
A palestra integrou a programação estadual coordenada pela Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Cevid), que entre os dias 18 e 22 de agosto mobilizou diferentes instituições com o objetivo de ampliar a conscientização, acelerar julgamentos de processos relacionados à violência contra a mulher e fortalecer a prevenção por meio da educação.
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