Levedura encontrada em abelhas pode inovar cervejas e biocombustíveis
Projeto de Conservação das Abelhas sem Ferrão do RBV

Uma pesquisa sobre abelhas sem ferrão desenvolvida no Refúgio Biológico Bela Vista (RBV), mantido pela Itaipu Binacional em Foz do Iguaçu, resultou em uma descoberta no campo da biotecnologia. Pesquisadores identificaram leveduras selvagens resistentes a condições extremas comuns nas indústrias de bioetanol e cervejeira, com potencial para impulsionar inovações nesses setores.
O estudo é fruto de uma parceria entre a Universidade de São Paulo (USP) e a Itaipu, por meio do Projeto de Conservação das Abelhas sem Ferrão do RBV. As amostras de pólen, própolis, mel e cera foram coletadas em outubro de 2024 e analisadas pela pesquisadora de pós-doutorado Ana Carolina Souza Ramos de Carvalho.
No total, 44 coletas resultaram no isolamento de 27 leveduras, das quais 18 foram analisadas quanto à capacidade de crescer e fermentar em ambientes com altas concentrações de sais, simulando os desafios dos processos industriais. Entre elas, foi identificada uma Saccharomyces cerevisiae selvagem, espécie usada há milhares de anos na produção de alimentos, bebidas e em pesquisas biotecnológicas.
“Encontrar esse tipo de levedura no meio selvagem é um presente”, destacou a pesquisadora, lembrando que o nicho ecológico da espécie ainda é pouco conhecido.
Para o gestor do projeto, Lucas Tres, da Divisão de Áreas Protegidas da Itaipu, a descoberta reforça a importância dos esforços de conservação. Implantado em 2019, o projeto de abelhas sem ferrão une pesquisa, manejo e educação ambiental, envolvendo visitantes, escolas, universidades, comunidades e produtores rurais.
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