A relação entre alimentação e desempenho cognitivo tem ganhado cada vez mais espaço nas pesquisas científicas. Especialistas em neurociência e nutrição apontam que certos nutrientes são capazes de influenciar diretamente a função cerebral. Um desses compostos é o cobre, um mineral essencial ainda pouco valorizado, mas que desempenha papel fundamental na preservação da memória, raciocínio e saúde do sistema nervoso.

O papel do cobre no cérebro

O cobre está presente em diversos processos neurológicos, desde a produção de energia celular até a proteção contra danos oxidativos. Sua atuação é crucial na formação da bainha de mielina, estrutura que reveste os neurônios e facilita a transmissão de impulsos elétricos. Além disso, o mineral está envolvido na síntese de neurotransmissores, ajudando na comunicação entre os neurônios — fator decisivo para a memória e o foco mental.

Estudos indicam que níveis adequados de cobre estão associados a uma menor incidência de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer. Contudo, o equilíbrio é fundamental: tanto a deficiência quanto o excesso desse mineral podem prejudicar as funções cerebrais.

Riscos do excesso

Embora essencial, o cobre em excesso pode ser tóxico. Um exemplo é a doença de Wilson, uma condição genética rara em que o corpo acumula cobre em órgãos como o cérebro e o fígado, provocando sintomas neurológicos e psiquiátricos graves. O tratamento envolve medicamentos para reduzir a absorção ou eliminar o excesso do mineral. Essa condição ressalta a importância de manter a ingestão de cobre sob controle, com orientação profissional.

Alimentos que potencializam a memória

Diversos alimentos são fontes naturais de cobre e podem ser incluídos em uma dieta equilibrada voltada ao bem-estar cerebral. Confira os principais:

• Frutos do mar: ostras, mexilhões, lagostas
  

• Fígado: principalmente o de boi e de cordeiro
  

• Oleaginosas: nozes, castanhas, amêndoas, sementes de girassol, gergelim
  

• Leguminosas: feijão preto e branco, lentilhas, grão-de-bico
  

• Cereais integrais: aveia, quinoa, arroz integral, cevada
  

• Vegetais: espinafre, couve, brócolis, cogumelos, batata, repolho roxo, alcachofra
  

• Chocolate amargo: com mais de 70% de cacau
  

• Frutas e especiarias: ameixa seca, figo seco, mamão formosa, coentro, pimenta-preta
  

• Ovos
  
  

Esses alimentos não apenas oferecem cobre, mas também outros nutrientes que atuam em sinergia, como vitaminas do complexo B, antioxidantes, ferro e magnésio.

Estratégias para proteger o cérebro

Para manter a saúde mental em dia, é importante combinar a alimentação com outros hábitos saudáveis. Dentre as ações recomendadas por especialistas:

• Apostar em pratos variados, com alimentos in natura e minimamente processados
  

• Manter uma boa hidratação e praticar exercícios físicos regularmente
  

• Dormir bem e investir em momentos de relaxamento, como meditação e contato com a natureza
  

• Buscar orientação de profissionais para adequar a dieta conforme as necessidades individuais
  
  A inclusão consciente de alimentos ricos em cobre pode auxiliar na prevenção do declínio cognitivo e no reforço das funções cerebrais. No entanto, nenhum alimento isolado faz milagres. O segredo está em uma alimentação balanceada, associada a um estilo de vida saudável.

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