O que parecia uma simples alergia ao cloro acabou se revelando um caso de herpes-zóster em uma jovem de 22 anos da Nova Inglaterra, identificada como u/survivorsavedmylife na plataforma Reddit.

A estudante contou que, após nadar durante as férias em Cape Cod, Massachusetts, percebeu uma erupção cutânea no braço esquerdo. Inicialmente, acreditou tratar-se de uma reação ao cloro da piscina, já que as lesões lembravam urticária.

Em entrevista à Newsweek, a jovem explicou que se apoiou em relatos de conhecidos sobre irritações causadas por roupas de banho em contato com cloro. No entanto, observou que alergias desse tipo costumam surgir de forma simétrica — o que não correspondia ao seu caso.

Diagnóstico inesperado

A publicação original no Reddit, intitulada “O que deveria ter sido uma boa viagem acabou comigo desenvolvendo uma alergia ao cloro depois de nadar”, rapidamente viralizou, acumulando quase 10 mil votos positivos e mais de mil comentários. Muitos internautas levantaram a hipótese de que os sintomas estivessem relacionados à herpes-zóster, também chamada de cobreiro.

Em menos de 24 horas, a jovem atualizou a postagem informando que havia consultado um médico. A primeira avaliação apontou possibilidade de hera venenosa ou herpes-zóster. O profissional prescreveu anti-histamínicos até a consulta presencial, quando confirmou estar 90% seguro de que se tratava da doença viral.

Durante o atendimento, o médico levou três assistentes para avaliar a paciente como parte de um estudo de caso clínico. Segundo a jovem, todos ficaram surpresos com a apresentação atípica do quadro.

O que é a herpes-zóster?

De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), a herpes-zóster ocorre pela reativação do vírus varicela-zóster, o mesmo da catapora. A condição se manifesta geralmente em apenas um lado do corpo, com bolhas que cicatrizam em até 10 dias e recuperação total em duas a quatro semanas.
Embora mais comum em pessoas acima dos 50 anos, o vírus também pode afetar adultos jovens. Em casos mais graves, há risco de nevralgia pós-herpética, dor persistente mesmo após o desaparecimento das lesões, complicação rara em pacientes com menos de 40 anos.

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