Humorista mandou áudio para miss após assassinato para despistar a polícia
A Polícia Civil do Paraná (PC-PR) revelou que o humorista Marcelo Alves dos Santos enviou um áudio para Raíssa Suelen Ferreira da Silva, de 23 anos, após tê-la assassinado, em Curitiba.
Por Redação Hoje Maringá
18/07/2025 | Atualizado em 17/07/2025 - 10h00
G1
Foto: Divulgação | Polícia Civil
Foto: Divulgação | Polícia Civil A Polícia Civil do Paraná (PC-PR) revelou que o humorista Marcelo Alves dos Santos enviou um áudio para Raíssa Suelen Ferreira da Silva, de 23 anos, após tê-la assassinado, em Curitiba. A mensagem, extraída durante perícia em um computador, mostra o homem fingindo preocupação com o desaparecimento da jovem, numa tentativa de afastar suspeitas sobre sua participação no crime.
Raíssa, que era miss teen e natural da Bahia, desapareceu em 2 de junho. O corpo dela foi encontrado sete dias depois, enrolado em uma lona em uma área de mata de Araucária, na Região Metropolitana da capital. Marcelo confessou o assassinato e indicou à polícia o local onde escondeu o cadáver.
Além do áudio enviado após o crime, os investigadores localizaram outra gravação anterior em que o humorista convidava Raíssa para um suposto trabalho em São Paulo — isca usada, segundo a polícia, para atraí-la até sua casa, onde o crime foi cometido.
Com a quebra de sigilo de redes sociais, a polícia também encontrou imagens de itens sendo vendidos por Marcelo e pelo filho dele, Dhony de Assis, o que reforça a suspeita de que ambos planejavam fugir após a ocultação do corpo. Pai e filho estão presos.
Segundo o advogado da família da vítima, Leonardo Mestre, as novas provas demonstram um “alto grau de dissimulação” e indicam que o assassinato foi premeditado. Já a defesa de Marcelo sustenta que os fatos estão alinhados com o que ele declarou desde o início das investigações.
Denúncia
O Ministério Público do Paraná (MP-PR) denunciou Marcelo por feminicídio, ocultação de cadáver e fraude processual. Dhony também foi denunciado por ocultação de cadáver e fraude, mas a participação dele no feminicídio ainda está sob investigação.
Cabe à Justiça decidir se aceita a denúncia. Segundo a delegada Aline Manzatto, que conduziu o início da apuração, Marcelo disse estar apaixonado por Raíssa e teria se descontrolado após ser rejeitado por ela. Ele a estrangulou com uma abraçadeira plástica.
Linha do tempo
2 de junho: Raíssa desaparece após aceitar convite para um almoço com Marcelo.
9 de junho: Corpo da jovem é encontrado após confissão do suspeito.
23 de junho: MP apresenta denúncia por feminicídio.
Julho: Polícia divulga áudios e novos detalhes do caso.
A investigação segue em andamento.
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