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Cid afirma que Bolsonaro sabia do documento sobre estado de sítio e prisões

Ramagem negou que Abin monitorou ministros do Supremo

Agência Brasil
Cid afirma que Bolsonaro sabia do documento sobre estado de sítio e prisões Mauro Cid no STF | Foto: Ton Molina / STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) encerrou nesta segunda-feira (9) o primeiro dia de interrogatórios do núcleo 1 da ação penal que investiga a tentativa de golpe durante o governo de Jair Bolsonaro.

Durante aproximadamente seis horas de audiência, o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo, ouviu os depoimentos do ex-ajudante de ordens da Presidência, Mauro Cid, e do ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem.

A sessão foi suspensa ao final dos dois interrogatórios e será retomada nesta terça-feira (10), às 9h, com o depoimento do ex-comandante da Marinha, Almir Garnier.


Foto de Valter Campanato/ Agência Brasil

Mauro Cid

Primeiro a depor, Mauro Cid confirmou a participação em uma reunião em que foi apresentado a Jair Bolsonaro um documento que previa a decretação de estado de sítio e a prisão de ministros do STF.

Cid também declarou que recebeu dinheiro em uma sacola de vinho, entregue pelo general Braga Netto, para ser repassado ao major do Exército Rafael de Oliveira, integrante do grupo conhecido como “kids-pretos”, esquadrão de elite da força terrestre.

Alexandre Ramagem | Foto: Fellipe Sampaio / STF

Alexandre Ramagem

O ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem, negou ter usado a estrutura do órgão para monitorar ilegalmente ministros do STF e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante o governo Bolsonaro.

Interrogatórios seguem até sexta-feira (13)

Ao longo da semana, Alexandre de Moraes deve ouvir presencialmente oito réus identificados como integrantes do “núcleo crucial” da suposta trama para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, após as eleições de 2022.

Ordem dos depoimentos:

  • Mauro Cid, delator e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro – ✅ encerrado;
  • Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin – ✅ encerrado;
  • Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF;
  • Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
  • Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;
  • Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
  • Walter Braga Netto, general do Exército e ex-ministro de Bolsonaro.

Os acusados respondem por: 

  • Organização criminosa armada
  • Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito
  • Golpe de Estado
  • Dano qualificado por violência e grave ameaça
  • Deterioração de patrimônio tombado

A fase de interrogatórios é uma das últimas etapas da ação penal. A expectativa é que o julgamento, que definirá a eventual condenação ou absolvição dos réus, ocorra no segundo semestre deste ano.

Em caso de condenação, as penas podem ultrapassar 30 anos de prisão.

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