STF inicia interrogatório de Bolsonaro e núcleo golpista
Os depoimentos serão realizados até sexta-feira (13), sempre na sala da Primeira Turma da Corte, com transmissão ao vivo pela TV Justiça.

O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia nesta segunda-feira (9) os interrogatórios dos réus do chamado "núcleo 1" da trama golpista, que teria atuado durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva após o resultado das eleições de 2022.
Os depoimentos serão realizados até sexta-feira (13), sempre na sala da Primeira Turma da Corte, com transmissão ao vivo pela TV Justiça. O ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal, será o responsável pelos interrogatórios.
Entre os réus estão Jair Bolsonaro, o general Braga Netto, e outros seis investigados apontados como integrantes do “núcleo crucial” da suposta tentativa de golpe. O primeiro a ser ouvido será o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator do caso.
A partir de terça-feira (10), os interrogatórios começam às 9h, com os réus sendo chamados em ordem alfabética. Todos, com exceção de Braga Netto, serão ouvidos presencialmente. O general da reserva, vice de Bolsonaro em 2022 e preso desde dezembro, prestará depoimento por videoconferência. Ele é acusado de tentar obstruir as investigações e de buscar acesso ilegal ao conteúdo da delação de Mauro Cid.
Ordem dos depoimentos:
Mauro Cid – delator e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro
Alexandre Ramagem – ex-diretor da Abin
Almir Garnier – ex-comandante da Marinha
Anderson Torres – ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do DF
Augusto Heleno – ex-ministro do GSI
Jair Bolsonaro – ex-presidente da República
Paulo Sérgio Nogueira – ex-ministro da Defesa
Walter Braga Netto – general da reserva e ex-ministro
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, e os advogados de defesa também poderão fazer perguntas durante os depoimentos. Por estarem na condição de réus, os acusados poderão exercer o direito constitucional de ficar em silêncio para não se autoincriminarem.
Os envolvidos respondem por crimes como organização criminosa armada, tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
O interrogatório é uma das últimas etapas da ação penal. O julgamento final, que poderá resultar em condenações superiores a 30 anos de prisão, está previsto para o segundo semestre deste ano.
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