O governador Carlos Massa Ratinho Junior lançou na semana passada, na B3, em São Paulo, o FIDC Agro Paraná, primeiro fundo estadual de investimento em direitos creditórios voltado ao agronegócio no Brasil. A proposta é injetar até R$ 2 bilhões em crédito para financiar a compra de máquinas, sistemas de irrigação e melhorias estruturais nas propriedades rurais dos 399 municípios paranaenses.

O fundo funcionará como um “guarda-chuva” que permitirá a criação de outros fundos vinculados, com a participação de cooperativas e empresas integradoras. Os produtores terão acesso a crédito facilitado, com preferência para aquisição de equipamentos fabricados no Paraná. A expectativa do governo é que, com a atração de novos investidores, o valor inicial seja alavancado para até R$ 14 bilhões em investimentos totais.

A iniciativa é coordenada pela Fomento Paraná, com aporte inicial de R$ 150 milhões do Estado e gestão da Suno Asset, escolhida por chamada pública. A ideia é oferecer uma alternativa ao Plano Safra, focada em investimentos produtivos, e não apenas no custeio da produção.

"O Paraná une duas potências: agroindústria e cooperativismo. Esse fundo é uma ferramenta moderna, que fortalece essa vocação e amplia o acesso ao crédito", afirmou Ratinho Junior.

Com mais de 220 cooperativas atuantes e faturamento superior a R$ 200 bilhões em 2024, o setor cooperativista será o foco inicial da operação, com previsão de expansão para outras organizações conforme o projeto se consolide.

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