Esses alimentos podem elevar depressão em até 58%
Pesquisas recentes vêm reforçando a ligação entre alimentação e saúde mental, com destaque para os impactos negativos do consumo frequente de alimentos ultraprocessados.

Pesquisas recentes vêm reforçando a ligação entre alimentação e saúde mental, com destaque para os impactos negativos do consumo frequente de alimentos ultraprocessados. De acordo com dados divulgados em 2025, ingerir esse tipo de produto pode elevar em até 58% o risco de desenvolver depressão persistente — um transtorno que segue entre as principais causas de incapacidade no mundo.
Estudos conduzidos por instituições como a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo indicam que a dieta é um dos fatores determinantes na prevenção e no agravamento de transtornos mentais. A pesquisa ELSA-Brasil, que monitora milhares de servidores públicos desde 2008, mostrou que pessoas que consomem mais ultraprocessados têm até 30% mais chance de desenvolver episódios depressivos ao longo dos anos.
O que são alimentos ultraprocessados e por que são prejudiciais?
Alimentos ultraprocessados são produtos industrializados que passam por múltiplas etapas de fabricação e contêm aditivos como corantes, conservantes e aromatizantes. São exemplos comuns: refrigerantes, embutidos, biscoitos recheados, salgadinhos e refeições prontas.
Esses produtos oferecem pouco ou nenhum valor nutricional e são ricos em açúcares, gorduras saturadas e sódio — ingredientes que, quando consumidos em excesso, podem prejudicar o funcionamento cerebral. A deficiência de nutrientes como fibras, vitaminas do complexo B e antioxidantes compromete a produção de neurotransmissores e favorece processos inflamatórios, fatores associados à depressão.
Consumo em alta no Brasil e seus motivos
Entre 2013 e 2023, o Brasil registrou um aumento de 5,5% no consumo de ultraprocessados. A expansão é atribuída à urbanização acelerada, ao estilo de vida agitado, à praticidade e ao baixo custo desses produtos. A substituição de refeições caseiras por industrializados se tornou uma prática comum, especialmente entre pessoas com rotina intensa.
A facilidade de acesso nos supermercados e o apelo publicitário também contribuem para a preferência por esses alimentos. No entanto, especialistas alertam que até mesmo pequenas reduções no consumo — entre 5% e 10% — já podem ter efeitos significativos na prevenção de transtornos mentais.
Estratégias para uma alimentação protetora da saúde mental
A promoção da saúde mental por meio da alimentação começa com escolhas conscientes. Especialistas recomendam:
Priorizar alimentos in natura e minimamente processados, como frutas, legumes, verduras e grãos.
Planejar as refeições da semana para evitar o consumo por impulso de industrializados.
Ler os rótulos e evitar produtos com excesso de sódio, açúcar e aditivos químicos.
Buscar orientação profissional para adequar a dieta ao perfil e às necessidades individuais.
À medida que os estudos sobre a influência da alimentação na saúde mental avançam, cresce também a importância de políticas públicas que incentivem o consumo de alimentos saudáveis. Promover uma dieta equilibrada pode ser uma estratégia eficaz, acessível e preventiva diante dos desafios crescentes de saúde mental da população.📲 Receba as notícias direto no seu celular
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