Padre se recusa a falar nome de criança durante batismo no Leblon
Padre alegou que nome Yaminah não teria origem cristão

Uma família do Leblon, no Rio de Janeiro, registrou ocorrência nesta terça-feira (26) após um padre se recusar a pronunciar o nome da filha Yaminah durante o batismo, alegando que o nome não teria origem cristã. A mãe da criança afirmou: “Queríamos algo forte, com significado importante. Yaminah significa justiça, prosperidade, direção. É um nome muito bonito, não havia necessidade disso acontecer”.
O Código de Direito Canônico recomenda que os pais evitem nomes “alheios ao sentido cristão”, mas especialistas esclarecem que isso não impede o batismo. Segundo Rodrigo Toniol, professor de Ciências Sociais da Religião da UFRJ, “desde a década de 1980 não é obrigatório ter um nome de santo. Qualquer pessoa pode ser batizada com qualquer nome”.
Em nota, a Arquidiocese do Rio afirmou que o sacramento foi realizado corretamente e que o nome da criança é citado apenas em pontos específicos da liturgia. O texto destacou que padres podem orientar sobre nomes, mas tais sugestões são apenas aconselhativas.
A família registrou ocorrência na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância, classificando o caso como preconceito por raça, cor ou religião. A Arquidiocese reforçou que repudia qualquer forma de discriminação e reafirmou o compromisso com acolhimento, diálogo e respeito à diversidade cultural.
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