Os portos do Paraná registraram o maior volume de movimentação de cargas da história para um primeiro semestre. De janeiro a junho de 2025, foram movimentadas 34.252.008 toneladas, somando exportações e importações — um crescimento de 1,4% em relação ao mesmo período de 2024, que havia totalizado 33.780.236 toneladas.

“Este é o melhor semestre da nossa história”, comemorou o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia. Segundo ele, o resultado é fruto de investimentos em infraestrutura e na capacitação dos trabalhadores portuários.

Exportações estáveis e liderança nacional em soja

A exportação apresentou leve alta de 0,1% na comparação com o ano passado, totalizando 21.275.295 toneladas. A soja foi a principal responsável por esse desempenho, com 7,8 milhões de toneladas exportadas, seguida pelo farelo de soja, com 3,4 milhões de toneladas – o que representa 30% da movimentação nacional do produto.

Já o óleo de soja somou 528 mil toneladas embarcadas, garantindo à Portos do Paraná o posto de maior exportador do país, com 64% do total nacional, segundo dados do Comex Stat, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

Os principais destinos das exportações foram França, Países Baixos (Holanda), Coreia do Sul, China, Emirados Árabes Unidos, Filipinas e Japão.

Importações puxadas por fertilizantes

Do lado das importações, houve crescimento de 3,7%, com destaque para os fertilizantes, que representaram 5,2 milhões de toneladas das 12,9 milhões recebidas no semestre. O produto veio, principalmente, da China, Rússia e Canadá, com destino a Paraná, São Paulo, Mato Grosso e Goiás. Os portos paranaenses lideram a recepção nacional de fertilizantes, com 27% do total movimentado no país.

Cargas conteinerizadas e carnes ganham destaque

A movimentação de contêineres cresceu, passando de 780.457 TEUs em 2024 para 803.041 TEUs em 2025. No segmento, o destaque foi a exportação de carnes, que fez com que o Paraná liderasse o ranking nacional, com 34% da movimentação brasileira. As carnes de frango, bovina e suína foram as mais exportadas.

Investimentos bilionários para ampliar capacidade

Para sustentar esse crescimento, estão em andamento grandes investimentos em infraestrutura. Um dos principais é o Moegão, sistema ferroviário de R$ 600 milhões que vai interligar 11 terminais e eliminar manobras internas, aumentando a capacidade para até 900 vagões por dia e 24 milhões de toneladas por ano.

Outra obra estratégica será o Píer em T, que ampliará a capacidade de embarque do Porto de Paranaguá para até 8 mil toneladas/hora — mais que o dobro da média atual. Serão investidos R$ 2,2 bilhões (R$ 1,2 bilhão da iniciativa privada e R$ 1 bilhão do Governo do Estado), possibilitando o recebimento de navios maiores no Corredor de Exportação Leste.

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