Hospedagem na COP30 em Belém vira impasse por preços abusivos

A menos de quatro meses da COP30, maior conferência climática do mundo, marcada para novembro em Belém (PA), um impasse entre o governo federal e o setor hoteleiro tem dificultado a definição de um acordo para conter preços abusivos de hospedagem. Mesmo após o anúncio, em abril, de um pacto para evitar valores excessivos durante o evento, o termo segue sem assinatura.
Atualmente, há diárias em Belém anunciadas por até R$ 6.500, valor cinco vezes maior do que o habitual e superior ao cobrado em cidades como Nova York — onde, para o mesmo período, hotéis bem avaliados oferecem quartos entre R$ 250 e R$ 500 por noite.
Além dos hotéis, imóveis residenciais na capital paraense também dispararam de preço. Um apartamento de um quarto chegou a ser anunciado por R$ 1 milhão para 11 noites, enquanto uma casa em bairro nobre foi avaliada em R$ 1,21 milhão no mesmo intervalo.
A situação acendeu o alerta em instâncias nacionais e internacionais. Durante reuniões da ONU em Bonn, na Alemanha, em junho, representantes de delegações estrangeiras relataram dificuldades para garantir hospedagem em Belém e pediram providências urgentes ao Brasil. Algumas delegações sinalizaram, inclusive, a possibilidade de reduzir equipes ou cancelar a participação na conferência.
Em meio ao impasse, a Secretaria Extraordinária da COP30 da Casa Civil encaminhou ofícios a órgãos como a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a Polícia Federal, alertando para os preços “elevadíssimos e incompreensíveis”. A Senacon notificou ao menos 24 hotéis e sindicatos do setor, que reagiram com críticas e se recusaram a fornecer os dados solicitados.
O Código de Defesa do Consumidor prevê, em casos de abuso, medidas como aplicação de multas, devolução de valores, redução forçada dos preços e até responsabilização criminal.
Como alternativa, o governo do Pará firmou um acordo com a associação estadual de hotéis para garantir cerca de 500 quartos com diárias entre US$ 100 e US$ 300. Parte das acomodações, no entanto, está localizada em municípios distantes, como Castanhal, a cerca de 70 km do centro de Belém.
Enquanto o plano federal segue travado, a repercussão negativa e o temor de esvaziamento do evento colocam pressão sobre autoridades e empresários para viabilizar condições mais acessíveis aos milhares de participantes esperados na COP30.
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