Estado revela talentos e amplia presença no automobilismo
Paraná, celeiro da talentos da velocidade!

Do kart às pistas internacionais, o Paraná se consolida como celeiro de jovens talentos do automobilismo. Três nomes representam fases distintas dessa escalada: Felipe Drugovich, de Maringá, já figura na Fórmula 1 como piloto de testes; Zezinho Muggiati, de Curitiba, desponta como revelação da Stock Car; e o jovem Guilherme Moleiro, de Rolândia, é promessa precoce do kartismo nacional.
Com trajetórias diferentes, mas a mesma origem, esses pilotos demonstram por que o Paraná é um dos estados mais promissores do país na formação de talentos. O que os une é o talento lapidado desde cedo – geralmente no kart.
Ponto de partida: o kart
É no kart que os pilotos aprendem os fundamentos da pilotagem: como traçar curvas, defender posições, lidar com disputas acirradas e desenvolver o raciocínio rápido que o esporte exige. A modalidade costuma ser acessada ainda na infância, entre os 5 e 8 anos, e serve como base para qualquer carreira no automobilismo profissional.
A partir do kart, os caminhos se dividem: alguns seguem para a Europa em busca da Fórmula 1, outros optam por uma trajetória sólida nos carros de turismo, com destaque para a Stock Car.
Guilherme Moleiro: a promessa do kart
Aos 14 anos, Guilherme Moleiro é um dos principais nomes da nova geração. Natural de Rolândia, o piloto tem um currículo impressionante: campeão da Copa Brasil, tricampeão paranaense, campeão do Open da Copa Brasil, tricampeão da Copa São Paulo Light e vice-campeão brasileiro. Uma trajetória rara para alguém da sua idade.
Curiosamente, Guilherme começou no motocross. “Um amigo da família achou perigoso e apresentou o kart. Ele começou aos seis anos e nunca mais parou”, conta o pai, Paulo Moleiro. O avô foi o primeiro incentivador, levando o garoto aos kartódromos, onde a paixão pelo volante surgiu.
A rotina é intensa, dividida entre escola, treinos, viagens e corridas. “Ele perde aulas, abre mão de momentos da infância. Mas não dá pra chegar onde chegou sem sacrifícios”, afirma o pai.
Com bons resultados, Guilherme passou a atrair patrocinadores e ingressou na Fórmula Delta, categoria de base do automobilismo nacional. Mesmo com essa experiência, o foco está nos carros de turismo. O objetivo da família é ingressar na academia da Stock Car e, futuramente, disputar a Stock Light – porta de entrada para a principal competição de turismo do país.
Zezinho Muggiati: o talento da Stock Car
Natural de Curitiba, José Luiz Muggiati Neto, o Zezinho, é uma das principais revelações da Stock Car Pro Series. Aos 22 anos, disputa sua segunda temporada na elite do automobilismo de turismo no Brasil, após uma trajetória sólida no kart e o título da Stock Light em 2023.
Zezinho começou aos cinco anos, no extinto kartódromo Raceland. Após vitórias em torneios estaduais e nacionais, venceu a primeira edição da seletiva da Toyota Gazoo Racing Brasil, que o alçou à Stock Light. Foram três temporadas na categoria, com crescimento constante: vice em 2022 e campeão em 2023, o que lhe garantiu o maior prêmio da história do automobilismo nacional — R$ 2,5 milhões para disputar a Stock Car.
A estreia na principal categoria aconteceu em 2024, com direito à largada na primeira fila ao lado de ídolos como Felipe Massa e Rubens Barrichello. “Foi o momento mais marcante da minha carreira. Olhei para trás e estavam Rubinho e Felipe Massa. É emocionante saber que posso competir com eles”, relata.
Zezinho é reconhecido pela maturidade ao volante, com estilo limpo, estratégico e preciso no uso dos pneus. Suas inspirações são Lewis Hamilton, pela técnica refinada, e Max Verstappen, pela agressividade. “O que falta pro Zezinho é um pouco do Verstappen”, brinca.
A opção pelos carros de turismo foi pragmática. Mesmo após testes na Fórmula 4 Italiana, Zezinho escolheu seguir no Brasil. “Na Europa, eu teria que bancar tudo. Aqui, tive apoio e oportunidades reais”, explica.
Felipe Drugovich: mais perto da Fórmula 1
Com trajetória consolidada, Felipe Drugovich Roncato, de Maringá, é o brasileiro mais próximo de ocupar um cockpit titular na Fórmula 1. Campeão da Fórmula 2 da FIA em 2022, atualmente é piloto de testes e reserva da equipe Aston Martin na F1.
Como muitos, iniciou no kart e, após sucesso nas pistas brasileiras, migrou para a Europa. Lá, acumulou títulos importantes, como a MRF Challenge, a Eurofórmula Open e o Campeonato Espanhol de Fórmula 3.
O título da Fórmula 2 veio com cinco vitórias e domínio técnico, feito inédito para um brasileiro desde a reformulação da categoria. O desempenho atraiu os olhos da Aston Martin, onde hoje atua nos treinos livres, testes e desenvolvimento do carro.
Apesar da expectativa, Felipe ainda não conseguiu uma vaga como titular na F1. “A principal barreira é o cenário político e financeiro da categoria, que prioriza pilotos com patrocínio pessoal”, explica Rubens Gatti, presidente da Federação Paranaense de Automobilismo.
Com perfil técnico, foco estratégico e controle emocional, Drugovich mantém viva a esperança. Ele integra uma geração que, ao lado de Gabriel Bortoleto – campeão da F2 em 2024 e atual piloto da Sauber – recoloca o Brasil no radar da elite do automobilismo mundial.
Do kart à elite, os talentos do Paraná seguem acelerando e abrindo caminho em todas as frentes do automobilismo. Seja nos circuitos nacionais ou nas pistas internacionais, o Estado mantém o protagonismo na formação de uma nova geração de campeões.
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