PGR pede condenação de Bolsonaro e aliados por tentativa de golpe de Estado
Julgamento no STF pode ocorrer em setembro

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete investigados por envolvimento na tentativa de golpe de Estado em 2022. O documento com 517 páginas foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes na noite desta segunda-feira (14).
Trata-se da fase final do processo, com a apresentação das alegações finais, antes do julgamento, previsto para ocorrer em setembro pela Primeira Turma do STF.
Crimes e penas
A PGR acusa os réus de:
- Organização criminosa armada
- Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito
- Golpe de Estado
- Dano qualificado pela violência e grave ameaça
- Deterioração de patrimônio tombado
As penas máximas somadas ultrapassam 30 anos de prisão.
Quem são os réus
Além de Jair Bolsonaro, a Procuradoria pediu a condenação de:
- Walter Braga Netto – general do Exército e ex-vice de Bolsonaro na chapa de 2022
- Augusto Heleno – ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional
- Alexandre Ramagem – ex-diretor da Abin
- Anderson Torres – ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF
- Almir Garnier – ex-comandante da Marinha
- Paulo Sérgio Nogueira – general do Exército e ex-ministro da Defesa
- Mauro Cid – ex-ajudante de ordens e delator no processo
Em caso de condenação, Mauro Cid poderá ter a pena suspensa por ter firmado acordo de delação premiada com a Polícia Federal.
Bolsonaro como líder da trama
Conforme o procurador-geral da República, Paulo Gonet, Bolsonaro foi o "principal articulador e maior beneficiário" do plano golpista. Segundo ele, o ex-presidente usou o poder do cargo para atacar as instituições e o processo eleitoral, buscando desacreditar os resultados das urnas.
“Com o apoio de membros do alto escalão do governo e de setores estratégicos das Forças Armadas, mobilizou sistematicamente agentes, recursos e competências estatais, à revelia do interesse público, para propagar narrativas inverídicas, provocar a instabilidade social e defender medidas autoritárias”, afirmou Gonet.
Próximos passos
Com o envio da manifestação da PGR, começa o prazo de 15 dias para que Mauro Cid entregue suas alegações finais ao STF. Em seguida, os demais réus também poderão se manifestar no mesmo prazo. A partir daí, a Primeira Turma do Supremo definirá a data do julgamento.
Nos bastidores, a expectativa é de que o julgamento ocorra em setembro.
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