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Irmãos com esquizofrenia morrem após ingerir veneno no Paraná

Substância, semelhante a suco de uva, foi acondicionada em garrafa plástica sem rótulo e entregue por engano por familiar. Polícia investiga agropecuária por venda ilegal de agrotóxico.

G1
Irmãos com esquizofrenia morrem após ingerir veneno no Paraná Foto: Polícia Civil | Paraná

A Polícia Civil do Paraná investiga a morte de dois irmãos diagnosticados com esquizofrenia após ingestão acidental de um veneno agrícola vendido de forma ilegal em Sengés, nos Campos Gerais do estado. O caso ocorreu em janeiro, mas o inquérito ainda não foi concluído, pois aguarda o resultado de laudos periciais da Polícia Científica.

Segundo a investigação, o produto foi vendido em uma garrafa plástica transparente, sem rótulo, o que contraria normas legais. A agropecuária responsável pela venda não tinha autorização para comercializar nenhum tipo de agrotóxico. A suspeita é que os irmãos, de 54 e 57 anos, tenham confundido o veneno com suco de uva, já que a substância apresentava cor escura e foi entregue em recipiente similar a garrafas de bebidas.

O produto foi comprado por outro irmão das vítimas, de 65 anos, que era tutor dos dois e morava próximo à residência deles, na zona rural. Em depoimento, ele afirmou que comprou o herbicida junto com botas e luvas em uma agropecuária e, sem perceber, deixou o veneno na casa dos irmãos. Cerca de 20 minutos depois, ao retornar para buscá-lo, os dois já haviam ingerido a substância.

Ambos foram socorridos ainda com vida, mas faleceram no dia seguinte (9 de janeiro). A Polícia Científica do Paraná informou que os laudos são complexos e envolvem análises avançadas, como cromatografia líquida com espectrometria de massas. A previsão é que os resultados fiquem prontos até a segunda semana de julho.

De acordo com o delegado Isaias Fernandes Machado, o dono da agropecuária, a esposa e o filho — que também atuam no estabelecimento — devem ser indiciados por venda de veneno proibido, crime que pode levar a até nove anos de prisão, e por comercialização de agrotóxicos sem licença, com pena de até seis anos.

Já o irmão das vítimas será indiciado por homicídio culposo, já que agiu com negligência, mas sem intenção de matar. Segundo o delegado, ele deverá receber perdão judicial, conforme previsto em lei.

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