Morte de Raissa Suellen será investigada como feminicídio, diz Polícia Civil
Por Redação Hoje Maringá
11/06/2025 | Atualizado em 11/06/2025 - 10h00
G1
Raissa Suelen — Foto: Redes sociais
Raissa Suelen — Foto: Redes sociais A Polícia Civil do Paraná informou que a morte de Raissa Suellen Ferreira da Silva, de 23 anos, passará a ser investigada como feminicídio. A jovem foi assassinada no dia 2 de junho pelo humorista Marcelo Alves, que confessou o crime às autoridades e indicou onde havia escondido o corpo.
Segundo a delegada Aline Manzatto, responsável pelo caso, os indícios levantados até o momento apontam que o assassinato foi premeditado. O corpo de Raissa foi localizado em uma área de mata na Região Metropolitana, após confissão do suspeito. A jovem estava desaparecida desde o dia do crime.
De acordo com a investigação, Raissa teria sido morta após recusar envolvimento romântico com Marcelo, que demonstrou frustração e descontrole. "Por ela ser mulher, ele acredita que ela deve se submeter às vontades dele. Por isso, tratamos como feminicídio", explicou a delegada.
Contradições no depoimento de Marcelo e a ausência de materiais que ele afirmou ter usado para embalar o corpo reforçam a hipótese de premeditação. A polícia também suspeita que a vítima tenha sido dopada antes de ser morta, já que exames apontaram a ausência de sinais de defesa no corpo da jovem.
Natural da Bahia, Raissa morava há três anos no Paraná e havia conquistado o título de Miss Serra Branca Teen em 2020. Segundo familiares, ela considerava Marcelo uma figura paterna. O humorista, por sua vez, era próximo da família da jovem e chegou a oferecer hospedagem aos parentes durante as buscas por ela.
O crime ocorreu na casa de Marcelo. Após matar Raissa, ele teria contado com a ajuda do filho para esconder o corpo. Ambos levaram o corpo até uma área de mata no município de Araucária, onde foi enterrado. O filho do suspeito foi preso por ocultar o cadáver, mas foi liberado após pagamento de fiança.
Marcelo está preso preventivamente na Cadeia Pública de Curitiba e deve responder por homicídio qualificado e ocultamento de cadáver. A defesa nega que o crime tenha sido premeditado e alega que ele agiu sob "violenta emoção".
As investigações continuam para esclarecer se houve violência sexual e qual a real participação do filho de Marcelo no caso.
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