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Bancada do agro critica proposta do governo de taxar LCAs

A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) reagiu à proposta do governo federal de tributar os rendimentos das Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), hoje isentas de Imposto de Renda para pessoas físicas.

Redação Hoje Maringá
Bancada do agro critica proposta do governo de taxar LCAs Foto: Divulgação

A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) reagiu à proposta do governo federal de tributar os rendimentos das Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), hoje isentas de Imposto de Renda para pessoas físicas. A alíquota prevista é de 5% e deve ser incluída em uma nova Medida Provisória, como alternativa ao aumento do IOF.

A bancada do agro alerta que a medida pode encarecer o crédito rural, especialmente para médios produtores e cooperativas, e elevar os preços dos alimentos ao consumidor final. O setor argumenta que, com juros altos e queda nas commodities, a mudança enfraquece o financiamento agropecuário e prejudica a competitividade da cadeia produtiva.

Atualmente, cerca de 42% do financiamento da safra brasileira provém de fontes privadas. Dentro desse total, 43% têm origem em LCAs. A taxação, segundo a FPA, deve reduzir a atratividade dos títulos, dificultando a captação de recursos por parte dos bancos.

A proposta também vai na direção contrária de decisões recentes do Conselho Monetário Nacional, que havia reduzido o prazo mínimo de aplicação das LCAs de nove para seis meses para tornar o título mais atraente. A medida agora sugerida é vista como contraditória e desalinhada com as necessidades de financiamento do setor agropecuário.

Além das LCAs, o governo pretende estender a tributação a outros instrumentos como Letras de Crédito Imobiliário (LCI), Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA), Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), Fundos de Investimentos Imobiliários (FII), Fiagro e Letras de Crédito do Desenvolvimento (LCD).

Segundo especialistas, a mudança pode provocar um efeito negativo em cadeia no crédito agrícola, imobiliário e na captação de investimentos de longo prazo.

Nota Oficial

A Frente Parlamentar da Agricultura publicou a seguinte nota:

A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) manifesta profunda preocupação com a proposta de tributação em 5% dos rendimentos de LCAs e LCIs, hoje isentos para pessoas físicas. A medida compromete uma fonte essencial de crédito rural, especialmente para médios produtores e cooperativas, além de encarecer o financiamento do setor em meio a juros altos e queda nas commodities. A conta será paga pelo consumidor que receberá o repasse no preço dos alimentos. Ressaltamos ainda:


1. As LCAs são base do financiamento agropecuário e estruturam o Plano Safra. Aproximadamente 42% do financiamento da safra brasileira já é proveniente de fontes privadas. Desse total, cerca de 43% têm origem nas Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs). Em abril de 2025, essas letras somaram R$ 559,9 bilhões. Só no 1º trimestre de 2025, o estoque de LCIs e LCAs na B3 alcançou R$ 979,1 bilhões — parte significativa destinada ao agro. A tributação tende a afastar investidores e encarecer o crédito para quem produz.

2. Mais uma vez, o ajuste fiscal foca apenas na arrecadação, sem enfrentar despesas obrigatórias nem revisar privilégios. Enquanto LCIs e LCAs serão taxadas, outros títulos permanecem isentos, sem critérios claros que justifiquem a diferenciação.

3. O agro é responsável por quase metade do superávit comercial brasileiro. Penalizar o setor é penalizar o crescimento do país. É preciso equilíbrio: ajustar as contas passa pelo controle de gastos e pela revisão estrutural do orçamento, e não pelo aumento do peso sobre quem sustenta a economia.

Frente Parlamentar da AgropecuáriaA Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) manifesta profunda preocupação com a proposta de tributação em 5% dos rendimentos de LCAs e LCIs, hoje isentos para pessoas físicas. A medida compromete uma fonte essencial de crédito rural, especialmente para médios produtores e cooperativas, além de encarecer o financiamento do setor em meio a juros altos e queda nas commodities. A conta será paga pelo consumidor que receberá o repasse no preço dos alimentos. Ressaltamos ainda:

1. As LCAs são base do financiamento agropecuário e estruturam o Plano Safra. Aproximadamente 42% do financiamento da safra brasileira já é proveniente de fontes privadas. Desse total, cerca de 43% têm origem nas Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs). Em abril de 2025, essas letras somaram R$ 559,9 bilhões. Só no 1º trimestre de 2025, o estoque de LCIs e LCAs na B3 alcançou R$ 979,1 bilhões — parte significativa destinada ao agro. A tributação tende a afastar investidores e encarecer o crédito para quem produz.

2. Mais uma vez, o ajuste fiscal foca apenas na arrecadação, sem enfrentar despesas obrigatórias nem revisar privilégios. Enquanto LCIs e LCAs serão taxadas, outros títulos permanecem isentos, sem critérios claros que justifiquem a diferenciação.

3. O agro é responsável por quase metade do superávit comercial brasileiro. Penalizar o setor é penalizar o crescimento do país. É preciso equilíbrio: ajustar as contas passa pelo controle de gastos e pela revisão estrutural do orçamento, e não pelo aumento do peso sobre quem sustenta a economia.




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