Planeta gigantesco é descoberto pela NASA e pode mudar a história da humanidade
Uma descoberta recente feita por astrônomos a partir de dados do satélite TESS, da Nasa, está desafiando os atuais modelos de formação planetária.

Uma descoberta recente feita por astrônomos a partir de dados do satélite TESS, da Nasa, está desafiando os atuais modelos de formação planetária. Trata-se do TOI-6894b, um exoplaneta gigante que orbita uma estrela extremamente pequena, com apenas 20% da massa do Sol.
A descoberta foi publicada na revista científica Nature Astronomy e vem chamando a atenção da comunidade astronômica global. O TOI-6894b, que está fora do Sistema Solar, é maior que Saturno em diâmetro, mas possui cerca de metade da sua massa, o que o caracteriza como um planeta gasoso de densidade relativamente baixa. Ele completa uma órbita ao redor de sua estrela hospedeira em apenas 3,37 dias terrestres.
Desafio à teoria tradicional
A maior surpresa é o fato de uma estrela tão pequena abrigar um planeta gasoso tão grande. De acordo com os modelos convencionais, estrelas com massa tão reduzida não costumam possuir discos protoplanetários com material suficiente para formar gigantes gasosos.
Para tentar explicar essa anomalia, o estudo propõe um modelo intermediário de formação planetária, segundo o qual o TOI-6894b teria acumulado gás de maneira gradual, sem atingir a massa crítica necessária para o chamado "acréscimo descontrolado" – processo típico da formação de gigantes gasosos.
Outra possibilidade considerada pelos cientistas é a da chamada instabilidade de disco, em que uma região densa do disco protoplanetário colapsa gravitacionalmente e dá origem a um planeta. No entanto, essa hipótese também é controversa, especialmente em sistemas com estrelas tão pequenas, que normalmente não seriam capazes de gerar instabilidades desse tipo.
Atmosfera surpreendente
Outro aspecto fascinante do TOI-6894b é a sua atmosfera, cuja temperatura média é de 147 °C – valor considerado baixo para planetas gasosos desse porte. Além disso, a composição atmosférica inclui compostos raros, como metano e amônio, elementos que proporcionam uma oportunidade inédita para explorar a química de atmosferas exoplanetárias e entender melhor os processos físico-químicos que ocorrem fora do nosso sistema planetário.
A descoberta do TOI-6894b não apenas intriga os astrônomos, mas também aponta para a necessidade de revisar e ampliar os modelos atuais de formação planetária, abrindo caminho para uma nova compreensão sobre a diversidade dos sistemas planetários no universo.
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