Após mais de oito décadas de atividades no setor de artesanato, tecidos e artigos de costura, a tradicional rede varejista norte-americana Joann anunciou o fechamento definitivo de todas as suas lojas. A empresa, que operava em centenas de localidades nos Estados Unidos, não conseguiu se recuperar dos impactos financeiros causados pela pandemia de Covid-19 e encerrou suas atividades após um longo período de dificuldades.

Impactos da pandemia e tentativa de recuperação

A crise enfrentada pela Joann teve início em 2020, quando as medidas de isolamento social afetaram severamente o setor varejista. Mesmo com o retorno das operações presenciais, a rede não conseguiu retomar o ritmo de vendas e manter sua estabilidade financeira. Em janeiro deste ano, a empresa entrou com um pedido de recuperação judicial, tentando evitar a falência.

Apesar do esforço para reestruturar o negócio, a Joann acabou iniciando um processo de liquidação total. A ideia inicial era reduzir o número de unidades, fechando cerca de 500 lojas. No entanto, durante um leilão de ativos para o GA Group, a decisão final foi pelo encerramento completo das atividades.

Fechamentos em massa e liquidações

Antes do anúncio oficial da falência, a Joann já havia fechado 200 lojas. O número subiu rapidamente para 800 unidades encerradas, com 440 fechamentos ocorrendo apenas no mês de maio. Como parte do processo de liquidação, os produtos restantes nos estoques foram vendidos com descontos de até 90%, numa tentativa de minimizar as perdas financeiras.
O fechamento da Joann marca o fim de uma era para os entusiastas do artesanato e costura nos Estados Unidos, onde a marca era referência no setor. A falência também ressalta os efeitos duradouros da pandemia sobre o varejo tradicional, especialmente entre empresas que não conseguiram adaptar-se plenamente às novas demandas do mercado.

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