Tempo seco e balões aumentam risco de incêndios no Paraná

A combinação de tempo seco e céu limpo durante o inverno aumenta significativamente o risco de incêndios causados por balões no Paraná. Segundo o Corpo de Bombeiros Militar do estado, os meses de junho e julho concentram a maior parte das ocorrências desse tipo, especialmente nos finais de semana ensolarados.
A prática de soltar balões é crime ambiental, com pena de um a três anos de prisão, conforme a Lei nº 9.605/1998. Os artefatos, geralmente feitos de papel e equipados com tochas, podem causar incêndios florestais, danos à rede elétrica, acidentes de trânsito e até apagões em regiões inteiras.
Em 2023, um balão provocou a interrupção do fornecimento de energia no bairro Jardim Botânico, em Curitiba, após cair sobre a rede elétrica nas proximidades do Hospital da Polícia Militar. “Isso agrava a situação, pois envolve a segurança de pacientes que dependem de aparelhos ligados continuamente”, explicou a capitã Luisiana Guimarães Cavalca.
A oficial também alertou para o uso de sacos de lixo inflados com ar quente, uma prática recente detectada pelos bombeiros. Apesar de não gerarem incêndios, esses objetos representam risco à aviação.
Em 2024, sete pessoas foram presas durante a operação Ninho de Fogo, realizada em Curitiba e São José dos Pinhais. A ação da Polícia Civil do Paraná resultou na apreensão de materiais suficientes para confeccionar 51 balões. “Já apreendemos balões com até 70 metros de altura. São artefatos extremamente perigosos que colocam vidas e patrimônios em risco”, afirmou o delegado Guilherme Dias, da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente.
Denúncias podem ser feitas pelo telefone 190. O Corpo de Bombeiros reforça que, em caso de incêndio, a população deve acionar imediatamente o número 193 e não tentar controlar as chamas por conta própria.
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