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Residencial do Minha Casa, Minha Vida pode ser usado como hospedagem na COP 30

G1- PA
Residencial do Minha Casa, Minha Vida pode ser usado como hospedagem na COP 30 Residencial Viver Pratinha | Foto: Ministério das Cidades

O Residencial Viver Pratinha, localizado em Belém (PA) e integrante do programa Minha Casa, Minha Vida, é avaliado pelo governo federal como uma das alternativas para ampliar a oferta de leitos durante a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que ocorrerá em novembro de 2025. No entanto, o conjunto habitacional apresenta diversos problemas estruturais e está com as obras inacabadas.

Com previsão inicial de entrega em 2016, o empreendimento passou por anos de paralisações, abandono e ocupações irregulares. Atualmente, 256 apartamentos distribuídos em 16 blocos estão na fase de acabamento, com expectativa de conclusão até outubro deste ano, segundo o Ministério das Cidades.

A reportagem do g1 visitou o local e encontrou unidades sem janelas, portas, pisos ou acabamentos, além de prédios com infiltrações visíveis e sinais de desgaste. O engenheiro civil Fabiano Alves apontou que as falhas podem ter origem na falta de impermeabilização nas paredes, o que permite a entrada de água da chuva, gerando bolor, manchas e desagregação do reboco.

Apesar das condições precárias, o governo estuda o uso temporário das unidades para hospedagem de participantes da COP 30. A estimativa é que o evento reúna cerca de 50 mil pessoas, enquanto a Região Metropolitana de Belém conta hoje com pouco mais de 24 mil leitos. A proposta, porém, prevê que o uso emergencial não atrase a entrega definitiva das moradias aos futuros beneficiários.

O histórico do Viver Pratinha inclui ainda ocupações irregulares registradas em 2021, que resultaram em furtos e depredações em boa parte da infraestrutura do conjunto. A reintegração de posse foi conduzida pela Caixa Econômica Federal em 2024, permitindo a retomada das obras, que agora contam com suplementação superior a R$ 40 milhões em recursos federais.

Conforme o Ministério das Cidades, a previsão é que os apartamentos sejam oficialmente entregues às famílias selecionadas no primeiro semestre de 2026.

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