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Brasil terá quase 636 mil médicos até o fim de 2025, mas distribuição segue desigual

Agência Brasil
Brasil terá quase 636 mil médicos até o fim de 2025, mas distribuição segue desigual Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Até o final de 2025, o Brasil deve atingir a marca de 635.706 médicos em atividade, o que representa 2,98 profissionais por mil habitantes, segundo projeções do estudo Demografia Médica 2025, divulgado nesta quarta-feira (30). O índice, no entanto, permanece abaixo da média recomendada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), de 3,7 médicos por mil habitantes.

O levantamento é realizado pelo Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP, em parceria com a Associação Médica Brasileira (AMB), e conta, pela primeira vez, com apoio do Ministério da Saúde.

Mulheres ultrapassam homens na medicina

O estudo também revela que, pela primeira vez na história, as mulheres serão maioria entre os médicos em atividade no país, representando 50,9% da força de trabalho médica em 2025. A tendência deve se acentuar nos próximos anos: em 2035, a estimativa é que 55,7% dos médicos sejam mulheres.

Projeções para 2035

A pesquisa aponta que, em 2035, o Brasil poderá ultrapassar a marca de 1,15 milhão de médicos, alcançando uma média de 5,2 profissionais por mil habitantes. Mesmo assim, as desigualdades regionais na distribuição de médicos persistem.

Enquanto 48 cidades com mais de 500 mil habitantes concentram 58% dos médicos, 4.895 municípios com menos de 50 mil habitantes contam com apenas 8% dos profissionais, mesmo abrigando 31% da população brasileira.

A desigualdade também se expressa entre macrorregiões. Em 2035, o Distrito Federal deve registrar a maior proporção, com 11,83 médicos por mil habitantes, seguido pelo Rio de Janeiro (8,11) e São Paulo (7,17). Na outra ponta, Maranhão (2,43), Pará (2,56) e Amapá (2,76) terão os menores índices.

Expansão dos cursos de medicina

Entre 2004 e 2024, o número de cursos de medicina cresceu significativamente. No período de 2014 a 2024, foram 225 novos cursos e 27.921 novas vagas, em comparação a 92 cursos e 7.692 vagas entre 2004 e 2013. No entanto, o aumento da graduação não tem sido acompanhado pela oferta de vagas de residência médica.

Apenas 8% dos médicos em 2024 estavam cursando residência, com 51,5% ingressando até um ano após a graduação. Outros 22,1% esperaram até dois anos, e 4,7% aguardaram mais de cinco anos.

Especialidades e distribuição

Dos 597 mil médicos em atividade em 2024, 59,1% eram especialistas e 40,9% generalistas. As áreas com maior número de especialistas são clínica médica (12,4%), pediatria (10%), cirurgia geral (7,8%), ginecologia e obstetrícia (7,4%) e anestesiologia (4,7%).

Entre as especialidades com predominância masculina estão urologia (96,5%) e ortopedia e traumatologia (92%). Já as mulheres lideram em dermatologia (80,6%) e pediatria (76,8%).

Por fim, o estudo mostra que Distrito Federal e São Paulo têm as maiores razões de especialistas por 100 mil habitantes (453 e 244, respectivamente), enquanto Maranhão e Pará têm os menores índices (68 e 70).




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