A eleição na Rural foi debatida no HojePod por Joel Cavalcante, Gilson Aguiar, Liz Gomes e Diniz Neto

A eleição para a nova diretoria da Sociedade Rural de Maringá (SRM), marcada para a próxima terça-feira, 12 de agosto, está cercada de polêmica. Associados relatam que a atual diretoria não tem divulgado oficialmente a existência de uma chapa de oposição — a “Rural Raiz” —, que disputa com a chapa da situação, "Rural". 

O que se vê é uma comunicação institucional que ignora a disputa, transmitindo a impressão de chapa única. Embora a SRM possua canais como site e redes sociais, a única divulgação oficial sobre a eleição era, até hoje, 8 de agosto, um edital afixado em uma parede da sede (foi publicado no Instagram, nesta sexta-feira, dia 8, que no dia 12 de agosto acontecerá a eleição). Enquanto isso, a chapa da situação mantém ampla publicidade, incluindo outdoors e banners no Parque de Exposições, com fotos de todos os integrantes (a chapa de oposição não teve espaço igual para mostrar seus componentes).

A “Rural Raiz” tem como candidato a presidente Henrique Pinto e como primeiro vice-presidente o médico Daoud Nasser. Entre seus membros estão empresários e lideranças reconhecidas, como Paulo Meneguetti, Ciliomar Tortola (Cilinho), o ex-prefeito Roberto Pupin e outros nomes de grande relevância para Maringá e para o agronegócio paranaense. Apesar disso, a chapa não recebeu a lista de associados, dificultando qualquer comunicação direta com os eleitores (que também não foi feita pela entidade, de forma oficial).

Além da falta de espaço para o contraditório, ataques pessoais surgiram na internet contra integrantes da chapa de oposição, citando dificuldades empresariais já superadas. São empresários que lideram empresas sólidas, com atuação nacional e internacional.

Registro: Estou em Maringá há 44 anos e vejo na cidade um imenso capital humano, social e solidário. Por isso, fico muito triste de ver uma situação injusta como essa. A Sociedade Rural é importante demais para passar por um processo eleitoral tão pobre em transparência e participação.

A proposta da chapa “Rural Raiz” inclui maior acolhimento aos associados, abertura do Parque de Exposições para eventos ao longo do ano e uma gestão mais conectada com a comunidade. É uma visão que contrasta com críticas feitas à atual administração, especialmente quanto à condução da Expoingá, com reclamações sobre preços altos, pouco espaço para participação dos associados, entre outras. 

A SRM já teve quase 900 associados. Hoje, segundo informações não oficiais, seriam cerca de 466 — um sinal de esvaziamento que reforça a necessidade de renovação. O Parque de Exposições, vale lembrar, é um espaço público cedido à Sociedade Rural, o que reforça o interesse coletivo em uma gestão transparente e participativa.

Mais do que uma disputa interna, o que está em jogo é o papel da Sociedade Rural no desenvolvimento econômico, social e cultural de Maringá. E isso exige que todos os associados — e a comunidade — tenham clareza, informação e voz.

Este assunto foi debatido no podcast HojePod, do portal Hoje Maringá, por Liz Gomes, Joel Cavalcante, Gilson Aguiar e Diniz Nete, e está disponível no YouTube no canal @hojepodmaringa.