O uso de cartões por aproximação se tornou parte da rotina dos brasileiros, especialmente após a pandemia, quando a praticidade e a redução de contato físico passaram a ser valorizadas. A tecnologia NFC (Near Field Communication) revolucionou os métodos de pagamento, trazendo agilidade para consumidores e estabelecimentos comerciais. No entanto, esse avanço também abriu espaço para golpes cada vez mais sofisticados, exigindo novos cuidados de segurança.

Segundo especialistas, o crescimento das transações contactless aumentou os riscos de fraudes. Criminosos utilizam estratégias para enganar tanto consumidores quanto lojistas, aproveitando brechas no sistema ou na distração do usuário. Casos de clonagem, cobranças indevidas e manipulação de maquininhas são cada vez mais comuns, o que acendeu um alerta entre as instituições financeiras, empresas e autoridades.

Fraudes mais comuns com cartões por aproximação

As modalidades de golpe mais frequentes incluem:

• “Golpe da maquininha”: Em locais movimentados, criminosos aproximam maquininhas de bolsas ou bolsos de vítimas distraídas, realizando transações de baixo valor sem senha. O golpe só é percebido após checar o extrato.
  

• Manipulação do sistema de pagamento: Vírus instalados nas maquininhas bloqueiam o pagamento por aproximação, forçando o cliente a inserir o cartão físico — momento em que os dados podem ser clonados (skimming).
  

• Maquininhas adulteradas: Equipamentos falsificados ou modificados conseguem capturar informações sensíveis mesmo quando o pagamento é feito por aproximação.
  

• Aplicativos maliciosos em celulares: No caso de smartphones com NFC, vírus podem simular cartões ou roubar dados cadastrados.
  
  

Como consumidores podem se proteger?

A segurança nas transações depende, em grande parte, do comportamento do usuário. Medidas simples podem evitar prejuízos e reforçar a proteção:

• Ativar notificações em tempo real no aplicativo do banco;
  

• Limitar o valor das transações por aproximação, se o banco permitir;
  

• Desativar o NFC quando não estiver usando o cartão ou o celular;
  

• Guardar o cartão em carteiras com bloqueio RFID/NFC;
  

• Evitar fornecer o cartão a terceiros e preferir sempre o uso direto pelo dono.
  
  

Outra dica importante é acompanhar frequentemente os extratos e, ao menor sinal de atividade suspeita, comunicar imediatamente a instituição financeira.

Responsabilidade dos lojistas

Além dos consumidores, os lojistas também têm papel fundamental na prevenção de fraudes. A adoção de protocolos de segurança evita prejuízos e reforça a confiança do cliente. Entre as práticas recomendadas estão:

• Verificar a identidade de técnicos antes de permitir alterações nas maquininhas;
  

• Realizar atualizações apenas por canais oficiais dos fabricantes de POS;
  

• Fazer inspeções periódicas nos terminais de pagamento, buscando sinais de violação;
  

• Treinar a equipe sobre os principais golpes e como identificá-los.
  
  

Essas ações fortalecem o ambiente comercial e ajudam a mitigar os riscos associados ao uso da tecnologia NFC.

Conscientização é a melhor defesa

Com o aumento da digitalização nos meios de pagamento, a conscientização é uma ferramenta indispensável. Informar clientes e funcionários sobre os perigos e boas práticas ajuda a evitar fraudes e fortalece o sistema como um todo. Especialistas recomendam acompanhar comunicados de bancos, empresas de tecnologia e órgãos de defesa do consumidor.
Mesmo com a praticidade oferecida pelo pagamento por aproximação, a atenção continua sendo essencial. Em 2025, o avanço da tecnologia precisa caminhar lado a lado com a educação financeira e a segurança digital para garantir transações mais rápidas e confiáveis — sem abrir espaço para criminosos.

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