A operação cumpriu três mandados de prisão preventiva e nove de busca e apreensão, com alvos na capital, na região metropolitana e no litoral do Estado. Entre os presos estão os investigadores Marcelo Marques de Souza, conhecido como “Marcelo Bombom”, e Sérgio Ricardo Ribeiro, que atuava justamente na Divisão de Crimes Contra a Administração do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC), setor responsável por combater a corrupção na corporação.

Na casa dos investigados, foram apreendidos dinheiro em espécie, armas de fogo, carros de luxo e até um helicóptero, que teria sido objeto de tentativa de restituição ilegal — episódio que inspirou o nome da operação. O valor total dos bens bloqueados pela Justiça pode chegar a R$ 12 milhões.

Marcelo Bombom já havia sido preso em 2024 na Operação Tacitus, que investigou uma rede criminosa ligada ao advogado Vinicius Gritzbach, delator do PCC executado no Aeroporto de Guarulhos. Segundo a PF, a análise do celular de Bombom revelou novos indícios de corrupção, incluindo irregularidades como arquivamento ilegal de inquéritos, acesso clandestino a dados sigilosos e uso de documentos falsos para reaver bens apreendidos.

Os crimes investigados incluem corrupção ativa e passiva, violação de sigilo funcional, quebra de sigilo bancário e advocacia administrativa. As penas podem chegar a até 12 anos de reclusão. As investigações seguem sob sigilo e contaram com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), da Polícia Militar e da Corregedoria da Polícia Civil.

A defesa de Marcelo Bombom afirma que ele é inocente e que isso será provado no decorrer das ações penais. O g1 tenta contato com os advogados dos demais envolvidos.

Em nota, a Polícia Civil informou que os agentes alvos da operação são suspeitos de ligação com crimes previstos na Lei de Drogas e por envolvimento em organização criminosa. Eles foram encaminhados à Delegacia do Deinter 6, em Santos, onde aguardam audiência de custódia.

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