Justiça Eleitoral cassa mandato do prefeito de cidade do Paraná por compra de votos com churrasco e canos de PVC

A Justiça Eleitoral cassou os mandatos do prefeito de Pontal do Paraná, Rudisney Gimenes Filho (MDB), conhecido como Rudão Gimenes, da vice-prefeita Patricia Millo Marcomini (PSD) e do vereador Ezequiel Tavares Alves (PSD), por compra de votos durante as eleições de 2024. A decisão foi proferida nesta quinta-feira (5) pelo juiz Ricardo José Lopes.
Segundo o Ministério Público Eleitoral, os políticos promoveram um churrasco com a distribuição de canos de PVC à comunidade de um balneário, em troca de apoio nas urnas. Durante o evento, de acordo com testemunhas, houve pedido explícito de votos e distribuição de material de campanha.
Apesar da cassação e da inelegibilidade até 2032, os três seguem nos cargos enquanto houver possibilidade de recurso. Os advogados de defesa afirmaram que vão recorrer da decisão.
Entenda o caso
Uma das testemunhas ouvidas no processo relatou que moradores de um balneário solicitaram a doação de canos para ampliar a rede de esgoto local. Pouco depois, o então candidato a vereador Ezequiel Tavares organizou um churrasco na comunidade, onde os canos foram distribuídos com a presença do então candidato a prefeito, Rudão Gimenes.
O evento foi registrado como um ato de campanha irregular, caracterizando abuso de poder econômico e captação ilícita de sufrágio.
O que dizem os envolvidos
Em nota, o advogado Raul Siqueira, que representa o prefeito e a vice, informou que irá recorrer da sentença e que confia na reversão da decisão nas instâncias superiores.
Já o advogado de Ezequiel Tavares, Antônio Carlos Brustolin Jr., afirmou que pretende ingressar com embargos de declaração, por considerar que a sentença é contraditória às provas constantes nos autos. Caso não tenha sucesso, a defesa também recorrerá.
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