Casos de síndromes respiratórias aumentam no Paraná

Entre janeiro e junho de 2025, o Paraná registrou 10.038 casos e 469 mortes por Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG), de acordo com dados divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). O número representa um aumento de 13% em comparação ao mesmo período do ano passado e acende um alerta sobre a circulação de vírus respiratórios, principalmente o Influenza.
Diante do aumento expressivo de casos, a procura pelo antiviral Tamiflu cresceu nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do estado. Utilizado no tratamento de pacientes com gripe, o medicamento inibe a proliferação do vírus e é disponibilizado gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mediante prescrição médica. De janeiro a maio, o Ministério da Saúde enviou 1,281 milhão de comprimidos ao Paraná — um aumento de 6,88% em relação ao mesmo período de 2024.
Apesar da ampliação da distribuição do remédio, especialistas alertam que a principal forma de prevenção segue sendo a vacinação. A campanha de imunização está aberta a toda a população com mais de seis meses de idade, mas a cobertura ainda é considerada baixa: apenas 40,80% do público prioritário, formado por gestantes, crianças e idosos, foi vacinado até o momento. A meta do Ministério da Saúde é atingir 90% de cobertura em cada um desses grupos.
“O remédio ajuda a diminuir o tempo da doença, mas não é a cura. A gripe é uma doença autolimitada. O corpo produz anticorpos e se livra do vírus. A melhor forma de prevenção continua sendo a vacina”, afirma o médico Eduardo Baptistella, vice-presidente do Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR).
Para atender à crescente demanda por internações, principalmente de crianças, o governo estadual anunciou a criação de 58 novos leitos em hospitais de diferentes regiões. Em Ponta Grossa, serão 10 novos leitos (sendo três de UTI); em Campo Largo, 20 leitos pediátricos; e em São Miguel do Iguaçu, 25 leitos também voltados ao público infantil. As estruturas devem ser implantadas em hospitais que atendem pelo SUS.
A situação é especialmente crítica em Foz do Iguaçu. O Hospital Municipal Padre Germano Lauck, único hospital público da cidade, atingiu 127% de ocupação no último sábado (31), com 277 pacientes internados em uma estrutura projetada para 218 leitos. A unidade suspendeu temporariamente a admissão de novos pacientes e ainda não há previsão para normalização dos atendimentos.
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