A Polícia Civil do Paraná (PC-PR) interditou duas unidades da empresa O Solucionador em Curitiba, suspeita de estelionato e práticas abusivas contra consumidores. O sócio-proprietário da empresa, Guilherme Maes Cardoso Leme, encontra-se foragido desde a última segunda-feira (12), quando a operação foi deflagrada.

Segundo a investigação, a empresa anunciava serviços de renegociação de dívidas bancárias, prometendo redução significativa de juros, especialmente em financiamentos de veículos. No entanto, a polícia apurou que os contratos firmados com os clientes não eram cumpridos.

O delegado Cássio Conceição, responsável pelo caso, afirmou que os consumidores eram induzidos a acreditar que teriam redução no valor das parcelas junto aos bancos. Na prática, muitos clientes deixaram de pagar seus financiamentos e acabaram ainda mais endividados, conforme orientação da própria empresa.

A O Solucionador acumula mais de 300 processos administrativos em trâmite no Procon e mais de seis mil ações judiciais no Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR). As lojas interditadas funcionavam no Centro e no bairro Sítio Cercado, em Curitiba. A empresa já havia sido alvo de uma interdição anterior, em 2023, mas voltou a operar após decisão judicial.

Segundo o Procon de São José dos Pinhais, novas multas superiores a R$ 306 mil serão aplicadas. Além disso, o órgão informou que irá notificar plataformas digitais, emissoras de rádio e TV para suspender a divulgação dos serviços da empresa.

As unidades em cidades como Guarapuava, Londrina, Maringá, Foz do Iguaçu, Cascavel e Toledo não foram afetadas pela operação. O Procon orienta que clientes lesados por essas unidades entrem em contato com o órgão, com o Ministério Público ou com a Defensoria Pública para registrar denúncia.

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