Homem é acusado de feminicídio por forjar acidente que matou grávida em trilha no Paraná
Por Redação Hoje Maringá
17/05/2025 | Atualizado em 17/05/2025 - 15h57
G1
Jackeline Liliane dos Santos tinha 28 anos. Marcione Souza de Oliveira, de 44 anos, é réu pela morte dela — Foto: Cedida pela família/Polícia Civil
Jackeline Liliane dos Santos tinha 28 anos. Marcione Souza de Oliveira, de 44 anos, é réu pela morte dela — Foto: Cedida pela família/Polícia Civil O Ministério Público do Paraná (MP-PR) denunciou Marcione Souza de Oliveira, de 44 anos, por feminicídio qualificado, aborto, tentativa de aborto e fraude processual pela morte de Jackeline Liliane dos Santos, de 28 anos, que estava grávida. O crime aconteceu em uma trilha próxima ao Salto das Orquídeas, em Sapopema, nos Campos Gerais do Paraná, no dia 27 de abril.
Segundo a denúncia, Marcione teria forjado o acidente ao alterar a cena do crime para sustentar a versão de que Jackeline caiu e bateu a cabeça em uma pedra. O MP afirma que ele jogou o corpo da vítima diversas vezes ao chão, simulando lesões compatíveis com uma queda.
As investigações apontam que Marcione teria administrado um medicamento abortivo à vítima semanas antes do assassinato. No dia do crime, ele teria atraído Jackeline sob o pretexto de um passeio, levando também um casal de amigos. Em determinado momento, afastou-se com a vítima para um ponto isolado da trilha, onde teria cometido o homicídio.
A motivação do crime, conforme o MP, seria o desejo de evitar a responsabilidade pela paternidade e não atrapalhar uma tentativa de reconciliação com a ex-esposa. A promotoria pediu a condenação de Marcione ao pagamento de R$ 300 mil à família da vítima por danos materiais e morais, além da realização de exames toxicológicos e de DNA. A Justiça autorizou o exame toxicológico, mas negou o de DNA com base no direito à não autoincriminação.
A defesa de Marcione nega o crime e sustenta que a morte de Jackeline foi acidental. O advogado Silvano Cardoso Antunes afirma que irá contestar as acusações.
Jackeline morreu por volta das 16h30, a cerca de 1,5 km da sede da cachoeira. A Polícia Militar relatou que o local é de difícil acesso. Testemunhas afirmaram que Marcione e Jackeline se afastaram do grupo durante a caminhada. Segundo a perícia, os ferimentos encontrados no corpo da vítima eram incompatíveis com uma queda acidental.
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