O perigo do uso de Tadalafila: o que não te contaram

A tadalafila, medicamento indicado para o tratamento da disfunção erétil, tem ganhado popularidade crescente no Brasil, tanto pelo seu efeito prolongado em comparação ao Viagra quanto pelo uso inadequado em academias como pré-treino. Além disso, a busca por um melhor desempenho sexual tem impulsionado as vendas do fármaco, que se tornou um dos mais comercializados no país.
Lançada no início dos anos 2000, inicialmente sob o nome comercial Cialis, a tadalafila se diferencia da sildenafila (Viagra) por ter uma ação mais duradoura, podendo permanecer no organismo por até 36 horas, enquanto o Viagra age por cerca de quatro horas. Outro diferencial é que a tadalafila pode ser usada diariamente, o que permite maior flexibilidade para o paciente.
O medicamento funciona bloqueando a enzima fosfodiesterase tipo 5 (PDE5), responsável por dificultar a ereção. Com essa inibição, os vasos sanguíneos relaxam e permitem maior fluxo sanguíneo ao pênis, facilitando a ereção. No entanto, médicos alertam que o comprimido não causa ereção espontânea: é necessário desejo e estímulo sexual para que o efeito aconteça.
Outras indicações e riscos do uso indiscriminado
Além do tratamento da disfunção erétil, a tadalafila tem outras duas indicações aprovadas em bula: hiperplasia prostática benigna, uma condição caracterizada pelo aumento da próstata que dificulta a micção, e hipertensão pulmonar, embora para essa última seja prescrita em doses muito mais altas.
Apesar de ser considerada uma medicação relativamente segura, seu uso sem prescrição médica pode trazer riscos. O principal alerta é para pacientes que tomam medicamentos à base de nitratos, já que a combinação pode causar queda perigosa na pressão arterial. Além disso, a bula do medicamento lista efeitos colaterais que vão desde dores musculares e congestão nasal até eventos raros como priapismo (ereção dolorosa prolongada) e problemas cardiovasculares graves, incluindo infarto e AVC.
Outro risco apontado por especialistas é a dependência psicológica. Segundo a farmacêutica Amouni Mourad, há um crescente número de jovens saudáveis que passam a usar o medicamento sem necessidade, acreditando que só conseguirão ter uma boa performance sexual com a substância.
Conclusão
O aumento da popularidade da tadalafila no Brasil reflete tanto avanços no tratamento da disfunção erétil quanto uma busca crescente por soluções rápidas para a vida sexual e até mesmo para o desempenho físico. No entanto, o uso indiscriminado do medicamento, muitas vezes impulsionado por informações equivocadas e pressões sociais, pode trazer riscos à saúde. Especialistas alertam para a necessidade de acompanhamento médico e reforçam que a tadalafila deve ser utilizada apenas sob prescrição, evitando efeitos colaterais indesejados e o desenvolvimento de uma dependência psicológica desnecessária.
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