Um novo estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) reacendeu o alerta sobre os riscos do consumo frequente de carnes processadas, que fazem parte da alimentação de milhões de brasileiros. Segundo a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (Iarc), órgão ligado à OMS, alimentos como salsicha, bacon, presunto, linguiça e salame foram classificados como cancerígenos para humanos — entrando no chamado Grupo 1, que reúne substâncias com comprovação científica de risco, ao lado do tabaco.

A associação entre o consumo desses produtos e o desenvolvimento de câncer colorretal é considerada tão significativa quanto os efeitos do tabagismo. O levantamento reforça evidências acumuladas ao longo de décadas de estudos, destacando que o consumo frequente e em grandes quantidades potencializa o risco à saúde.

Especialistas em saúde pública recomendam moderação no consumo desses alimentos e alertam para a importância de se priorizar uma alimentação mais natural, com menos produtos industrializados e menor presença de conservantes, nitratos e outros aditivos.

De acordo com a OMS, mesmo pequenas quantidades consumidas regularmente podem elevar o risco de câncer, especialmente em populações com hábitos alimentares ocidentais, onde carnes processadas são amplamente consumidas desde a infância.
O estudo vem gerando repercussão nas redes sociais e abrindo espaço para discussões sobre hábitos alimentares no Brasil. Médicos e nutricionistas ressaltam que mudanças simples no dia a dia, como reduzir o consumo de embutidos e aumentar a ingestão de frutas, vegetais e grãos integrais, podem representar um importante passo na prevenção de doenças crônicas, como o câncer.

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