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A armadilha do talento: superdotados e o desafio do esforço na vida adulta

A expressão “superdotado na clínica” resume bem a reflexão trazida por Jean Alessandro, psicólogo (CRP 07/29.848) com atuação especializada no diagnóstico e tratamento de pessoas com Altas Habilidades e Superdotação (AHSD).

Redaçåo Hoje Maringá
A armadilha do talento: superdotados e o desafio do esforço na vida adulta Foto: Reproduçåo / Freepik

A expressão “superdotado na clínica” resume bem a reflexão trazida por Jean Alessandro, psicólogo (CRP 07/29.848) com atuação especializada no diagnóstico e tratamento de pessoas com Altas Habilidades e Superdotação (AHSD). Com mais de 300 mil seguidores no Instagram (@jeanalessandrob), ele tem se destacado por trazer à tona um tema ainda pouco discutido: o impacto emocional de crescer com alta inteligência sem ter aprendido a se esforçar.

Jean alerta que muitos adultos superdotados enfrentam hoje uma sensação profunda de incapacidade diante de tarefas que exigem esforço, disciplina e persistência — habilidades que não precisaram desenvolver na infância. “Estudar de última hora, passar com facilidade e repetir o ciclo” era um comportamento comum. Mas, na vida adulta, quando os desafios aumentam e a inteligência sozinha não basta, esses indivíduos enfrentam frustração, ansiedade e sensação de fracasso.

A explicação, segundo ele, está no que chama de “modelo compensatório”: a inteligência foi usada durante anos como substituto do esforço. Isso funcionou até certo ponto, mas sem preparo emocional, o que era força vira fragilidade. A pessoa se acostumou com o desempenho fácil e não sabe lidar com processos mais longos e trabalhosos.

O psicólogo destaca que superdotação não é sinônimo de sucesso. A falta de consciência disciplinar e preparo emocional pode prejudicar o rendimento acadêmico, profissional e social. Essa visão é respaldada pela teoria dos Três Anéis de Renzulli, que define superdotação como a combinação de habilidade acima da média, criatividade e comprometimento com a tarefa — elemento frequentemente ausente quando não há treino para o esforço.

A solução? Reeducar a mente. Jean propõe pequenas metas diárias, registro de progresso e apoio psicológico como formas de introduzir o esforço de forma segura e gradual. O objetivo é transformar o esforço de inimigo em aliado. Segundo ele, “o primeiro passo é parar de depender do que sempre foi fácil e assumir o protagonismo adulto da própria trajetória”.

Especialistas alertam que, quando mal compreendida, a superdotação pode ser confundida com TDAH, depressão ou transtornos de ansiedade. Sem diagnóstico precoce e suporte emocional, o superdotado pode acabar com desempenho abaixo da média — não por falta de inteligência, mas por ausência de estrutura emocional.

A Política Nacional de Educação Especial reconhece o direito a acompanhamento especializado para alunos com AHSD. Mas a realidade ainda mostra que poucos são diagnosticados e menos ainda recebem apoio contínuo. Jean reforça que, quando bem orientado, o superdotado pode aprender a se organizar emocionalmente e recuperar sua capacidade produtiva e criativa.
Com conteúdos disponíveis também no TikTok e YouTube, Jean Alessandro amplia o acesso ao conhecimento sobre o tema e promove o debate sobre como transformar a inteligência em potência real, sustentada por esforço, resiliência e autoconhecimento.

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