Davi Calazans, biólogo: “Você e uma banana têm 60% de similaridade – somos todos parentes”
O biólogo Davi Calazans, formado pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e criador do canal “Ponto em Comum”, tem ganhado destaque nacional ao descomplicar temas científicos complexos para o grande público.

O biólogo Davi Calazans, formado pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e criador do canal “Ponto em Comum”, tem ganhado destaque nacional ao descomplicar temas científicos complexos para o grande público. Especialista em ecologia comportamental e com experiência em citogenética e ecologia, ele utiliza sua formação acadêmica sólida para produzir conteúdos de divulgação científica acessível, tornando-se uma referência no Nordeste e em todo o país.
Um dos temas mais curiosos abordados por Calazans diz respeito à similaridade genética entre humanos e bananas, que pode chegar a 60%. Segundo o biólogo, essa informação é real e foi confirmada por estudos do Instituto Nacional de Pesquisa do Genoma Humano, conduzidos pelo geneticista Lawrence Brody, em 2013.
O que significa compartilhar 60% do código genético com bananas?
Calazans explica que a similaridade genética não significa que somos “meio banana”, mas sim que genes responsáveis por funções celulares básicas são compartilhados por ambos os organismos. Entre eles estão os relacionados à produção de proteínas, respiração celular, duplicação do DNA e manutenção estrutural das células.
“Esses genes compõem apenas uma pequena parte do nosso genoma total, mas são essenciais para o funcionamento de qualquer forma de vida”, comenta o biólogo. A comparação genômica mostrou que cerca de 7 mil genes têm funções similares entre humanos e bananas, com 40% de compatibilidade média nas sequências de aminoácidos.
Unidade da vida e ancestralidade comum
A explicação para tamanha similaridade está na ancestralidade comum entre todos os seres vivos da Terra. Humanos, plantas e animais descendem de um ancestral celular comum que viveu há aproximadamente 1,6 bilhão de anos. Genes que controlam processos como divisão celular, respiração e metabolismo energético foram conservados pela evolução, pois são altamente eficazes e indispensáveis à vida.
Esse princípio também se aplica à semelhança genética entre humanos e outras espécies: 99% com chimpanzés, 85% com camundongos, e percentuais menores com outros vegetais e organismos vivos. “Toda forma de vida carrega parte de uma história evolutiva compartilhada”, reforça Davi.
Como a ciência identifica essas semelhanças?
A detecção de similaridades genéticas é feita com o auxílio de ferramentas de bioinformática e sequenciamento genético, que analisam milhões de combinações entre DNA e proteínas. Esses dados são cruzados por softwares especializados, que calculam o percentual de similaridade e localizam regiões conservadas entre diferentes espécies.
“Essas técnicas não apenas revelam o grau de parentesco genético, mas também ajudam a entender o que torna cada organismo funcionalmente viável”, explica Davi Calazans.
Ciência como ferramenta de conexão e consciência ambiental
A similaridade genética entre humanos e bananas é um exemplo didático de como a biologia conecta todos os seres vivos, desde os mais simples aos mais complexos. Segundo Calazans, compreender essas relações nos ajuda a valorizar a biodiversidade, a interdependência entre espécies e a importância da conservação da vida na Terra.
“Divulgar ciência é mostrar que somos todos parte do mesmo processo evolutivo”, afirma. Com seu canal “Ponto em Comum”, Davi segue levando conhecimento para milhares de pessoas, reforçando que a ciência pertence a todos — e pode, sim, ser compreendida com leveza, curiosidade e bom humor.
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