O Hospital Universitário (HU) da Universidade Estadual de Maringá (UEM) participou em maio do terceiro processo de doação de pulmões da sua história. O órgão foi captado no HU e transportado por avião, cedido pelo Governo do Paraná, até o Hospital de Clínicas de Porto Alegre (RS), referência em transplantes pulmonares na região Sul do Brasil.

A captação foi conduzida pela Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) do HU, que acompanhou todo o processo, incluindo o contato com a família do paciente para a autorização da doação. A logística e organização ficaram a cargo da Organização de Procura de Órgãos de Maringá (OPO-Mgá), vinculada ao Sistema Estadual de Transplantes do Paraná (SET-PR).

No Brasil, a decisão sobre a doação de órgãos cabe à família do falecido, conforme previsto em lei. Em 2024, foram realizados 93 transplantes de pulmão no país, que realizou seu primeiro transplante pulmonar pioneiro em 1989.

Segundo a coordenadora da CIHDOTT, enfermeira Rosane Almeida de Freitas, a doação de pulmões apresenta desafios técnicos importantes, como a idade limite do doador (até 60 anos) e condições clínicas específicas, incluindo doenças pulmonares prévias, como Covid-19 ou Influenza. Além disso, o tempo entre a captação e o transplante não pode ultrapassar quatro horas, exigindo uma logística rápida e eficiente.

“O processo envolve uma articulação complexa entre equipes especializadas de diferentes estados para garantir a viabilidade do órgão e o sucesso do transplante”, destacou o diretor médico do HU, Enio Molina Teixeira Filho.

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