Impasse entre caminhoneiro e produtor rural deixa caminhão preso em lavoura há sete dias no Paraná
Um caminhão permanece há sete dias preso em uma lavoura de feijão às margens da BR-277, em Céu Azul, no oeste do Paraná, após um impasse entre o motorista e o dono da propriedade rural.
Por Redação Hoje Maringá
05/06/2025 | Atualizado em 05/06/2025 - 16h30
G1
Foto: G1 | Divulgação
Foto: G1 | Divulgação Um caminhão permanece há sete dias preso em uma lavoura de feijão às margens da BR-277, em Céu Azul, no oeste do Paraná, após um impasse entre o motorista e o dono da propriedade rural. O caso teve início na madrugada do dia 28 de maio, quando o condutor, Valmir Adão Skrzypczak, perdeu o controle do veículo ao tentar desviar de um acidente e acabou entrando no terreno agrícola.
Desde então, caminhoneiro e produtor não chegaram a um acordo sobre a remoção do veículo. Valmir alega que o agricultor exigiu R$ 22 mil para permitir a retirada, devido aos danos causados na plantação. O produtor, por sua vez, nega a cobrança e afirma que apenas não quer que o caminhão seja removido por outro trajeto, para evitar novos prejuízos à safra de feijão já madura.
“Ele quer tirar o caminhão por meio da lavoura, mas o feijão está maduro. Se passar por cima vai causar um prejuízo muito grande, e isso eu não quero”, explicou o produtor ao g1.
O motorista, que transportava trigo, afirma que agiu para evitar um acidente mais grave e espera apoio da seguradora. “Eu estou abandonado aqui. Ninguém faz um acidente por querer. Foi para não matar ninguém que me desgovernei e caí na lavoura. Agora estou esperando uma resposta”, disse.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Polícia Civil (PC-PR) foram acionadas. Em nota, a Polícia Civil informou que não há indícios de crime e que o caso envolve pendências logísticas entre a seguradora do veículo e a da carga, o que tem atrasado a remoção.
A Prefeitura de Céu Azul também foi procurada, mas declarou que, por se tratar de área privada, não pode intervir sem autorização formal. O agricultor afirmou estar disposto a ajudar assim que as condições do solo melhorarem, em razão das chuvas recentes, e quer minimizar os danos à lavoura.
O caminhão permanece no local à espera de uma solução conjunta entre as partes envolvidas.
