Professor é agredido por aluno em escola estadual de Maringá
Por Redação Hoje Maringá
05/06/2025 | Atualizado em 05/06/2025 - 08h10
G1
Agressão aconteceu dentro de um colégio estadual do Paraná. — Foto: Reprodução/RPC
Agressão aconteceu dentro de um colégio estadual do Paraná. — Foto: Reprodução/RPC Um professor de inglês de uma escola estadual de Maringá, no norte do Paraná, foi agredido por um aluno de 16 anos após questioná-lo por tentar sair mais cedo da aula. O caso ocorreu na semana passada, em uma turma do 9º ano, e veio a público nesta quarta-feira (4). A agressão aconteceu dentro da sala de aula e deixou o docente ferido, precisando de atendimento médico.
Segundo relato do professor, o adolescente já demonstrava comportamento desrespeitoso ao mostrar o dedo do meio antes da agressão. "Questionei o porquê dele pegar a mochila e se encaminhar à porta na intenção de sair mais cedo por decisão própria. Salientei que há regras na escola. Enquanto conversava, ele deu um murro em meu nariz e me derrubou com um chute na perna", contou à RPC.
O professor foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levado ao hospital. Ele segue afastado das atividades por orientação médica. O caso está sendo investigado pela Delegacia do Adolescente de Maringá, que confirmou a realização de exame de corpo de delito e afirmou que testemunhas serão ouvidas nos próximos dias.
A Secretaria de Estado da Educação do Paraná (Seed-PR) informou que o Batalhão de Patrulha Escolar Comunitária (BPEC) foi acionado e que a direção da escola, junto com a equipe pedagógica, atendeu os envolvidos e convocou a mãe do estudante para uma reunião. O caso foi registrado em ata e encaminhado ao Núcleo Regional de Educação (NRE) de Maringá.
Em nota, a Seed lamentou o ocorrido, desejou pronta recuperação ao professor e afirmou que repudia qualquer forma de violência no ambiente escolar. "A Seed-PR reforça que atua de forma contínua para o combate à violência nas escolas estaduais do Paraná, enquanto avalia a adoção de novas medidas cabíveis para a garantia de um ambiente pedagógico seguro e acolhedor a toda a comunidade escolar", declarou.
O APP-Sindicato, que representa professores e funcionários de escolas do estado, também se manifestou por meio do Núcleo Sindical de Maringá. Em nota, a entidade repudiou o "gravíssimo episódio de violência" e alertou que esse não é um caso isolado. O sindicato destacou que o professor agredido sofreu uma crise nervosa, reflexo não apenas da violência física, mas do acúmulo de pressões enfrentadas diariamente pelos profissionais da educação.
"A escola deve ser um espaço de formação, respeito e acolhimento — e não um cenário de violência, assédio e negligência", afirmou a APP-Sindicato, que cobrou ações concretas por parte do governo estadual para garantir a segurança de professores, estudantes e demais profissionais da educação.
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