As exportações de carnes in natura feitas pelo Paraná alcançaram US$ 1,56 bilhão entre janeiro e abril de 2025, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), compilados pelo Ipardes. O valor representa um crescimento de 20,8% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram exportados US$ 1,29 bilhão.

O destaque continua sendo a carne de frango in natura, com US$ 1,32 bilhão exportados — aumento de 14,4%. O produto se mantém como o segundo item mais exportado pelo estado, atrás apenas da soja em grão (US$ 1,47 bilhão).

A carne suína teve crescimento expressivo de 75,1%, com US$ 172 milhões vendidos ao exterior. A carne bovina in natura também se destacou, com avanço de 86,5%, totalizando US$ 60,5 milhões.

No total, as exportações paranaenses no quadrimestre chegaram a US$ 7,44 bilhões. Outros destaques incluem farelo de soja (US$ 389 milhões), açúcar bruto (US$ 308 milhões), cereais (US$ 267 milhões), papel (US$ 261 milhões), automóveis (US$ 218 milhões), madeira compensada (US$ 213 milhões) e celulose (US$ 188 milhões).

“A estratégia de diversificação produtiva é fundamental na geração de empregos qualificados e salários mais elevados, ampliando a qualidade de vida dos paranaenses e consolidando a robustez da nossa economia”, destacou o secretário estadual do Planejamento, Ulisses Maia.

China lidera importações

Entre janeiro e abril, os produtos paranaenses foram vendidos para 200 mercados. A China segue como principal destino, com US$ 1,74 bilhão — o que representa 23,4% das exportações do estado. Em seguida estão Argentina (US$ 532 milhões, crescimento de 72%) e Estados Unidos (US$ 493 milhões, alta de 3,8%), mesmo diante de tarifas mais elevadas impostas pelo governo norte-americano.

“As nossas vendas externas não se restringem aos produtos primários, sendo relevante também o comércio de itens manufaturados sofisticados”, afirmou Jorge Callado, diretor-presidente do Ipardes.

Importações somam US$ 6,5 bilhões

As importações paranaenses no primeiro quadrimestre totalizaram US$ 6,5 bilhões, resultando em um superávit comercial de US$ 915,7 milhões.

Os principais produtos importados foram adubos e fertilizantes (US$ 802 milhões), óleos e combustíveis (US$ 494 milhões), produtos químicos orgânicos (US$ 456 milhões), autopeças (US$ 446 milhões), produtos farmacêuticos (US$ 345 milhões) e químicos diversos (US$ 274 milhões).