A possibilidade de a seleção brasileira adotar uma camisa vermelha como seu segundo uniforme para a Copa do Mundo de 2026 gerou polêmica e reacendeu um debate sobre a simbologia do manto. A proposta, que não é unanimidade dentro da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), vem sendo criticada por ex-jogadores e políticos, além de criar divisões entre os torcedores.

A mudança da tradicional camisa azul para a vermelha levanta preocupações sobre a associação política dessa cor, especialmente considerando que o vermelho é comumente vinculado a partidos de esquerda, como o PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A crítica ganhou força com declarações de políticos, como o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que se manifestaram contra a mudança, alegando que a bandeira do Brasil não é vermelha.

Ex-jogadores, como Edu e Paulo Sérgio, também se opuseram à ideia, destacando a importância histórica do uniforme azul, que já foi usado nas conquistas do Brasil nas Copas do Mundo. Para eles, a troca para a cor vermelha não tem relação com a história da seleção e poderia gerar mais divisões, especialmente em um momento em que a conexão entre a seleção e a torcida já está fragilizada.

Apesar das críticas, a Nike, fornecedora dos uniformes, segue com sua estratégia de marketing, sem confirmar oficialmente a confecção da camisa vermelha, mas dando sinais de que o novo modelo poderia ser lançado com o logo da Jordan. A CBF, por sua vez, também não confirma a mudança, embora tenha sugerido a criação de um terceiro uniforme para mitigar as críticas.

A proposta de uma camisa vermelha não é inédita, já que a seleção brasileira já utilizou camisas de cores alternativas em algumas ocasiões, incluindo vermelha, em jogos pelo Campeonato Sul-Americano de 1975. Porém, a questão agora é a simbologia que essa cor carrega em um Brasil polarizado politicamente.

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