O Brasil iniciou testes para avaliar a viabilidade de uma nova gasolina com 30% de etanol, acima dos 27,5% atualmente presentes no combustível comercializado no país. A iniciativa faz parte do programa Combustível do Futuro, que visa aumentar o uso de biocombustíveis e reduzir a emissão de poluentes.

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Os estudos estão sendo realizados pelo Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), sob coordenação do Ministério de Minas e Energia (MME). A análise contempla fatores como emissões de poluentes, impactos técnicos e desempenho de veículos com diferentes tecnologias e idades. Os resultados preliminares serão entregues ao governo até o final do primeiro trimestre de 2025.

De acordo com Luana Cristina Xavier Camargos, coordenadora do Núcleo de Certificação e Homologação do IMT, o objetivo é garantir que a transição seja sustentável e atenda aos padrões técnicos exigidos pelo setor automotivo. A fase atual é uma continuidade do trabalho iniciado pelo MME em parceria com a indústria automotiva de duas e quatro rodas.

Embora o aumento do teor de etanol na gasolina possa trazer benefícios ambientais, como a redução de emissões de CO2, especialistas alertam para a necessidade de estudar os possíveis impactos técnicos nos veículos, especialmente os mais antigos ou importados, que utilizam exclusivamente gasolina.

Além disso, a nova gasolina pode impulsionar o setor sucroenergético, ampliando o consumo de etanol e reduzindo a dependência de importações de gasolina. O impacto sobre os consumidores dependerá das políticas e conclusões técnicas derivadas desses estudos.