A imagem da menina, que teria sido amarrada com fita adesiva, foi recebida pelo pai, o barbeiro Bruno Incott, após a repercussão do primeiro caso. Segundo ele, a criança relatou aos pais que era agredida pelas professoras. "Ela teria beliscado outra criança, então amarraram ela. É horrível. A gente busca o melhor para os filhos e se depara com isso", relatou.

O primeiro caso, que motivou a prisão de uma professora em flagrante, ocorreu na segunda-feira (7). O menino com Transtorno do Espectro Autista (TEA), não verbal, foi encontrado amarrado por tiras de tecido nos pulsos e na cintura, sozinho em uma cadeira dentro do banheiro. A Guarda Municipal e o Conselho Tutelar foram acionados após uma denúncia anônima.

 A Polícia Civil investiga a participação de outras pessoas e busca ouvir a proprietária e a pedagoga da escola. O Ministério Público solicitou a conversão da prisão em preventiva, argumentando a necessidade de proteger outras crianças.

A advogada das famílias envolvidas protocolou um pedido para unificar os casos, visando responsabilização conjunta. “Protocolei uma notícia complementar pedindo a extensão da investigação. A ideia é facilitar o processo e responsabilizar quem for necessário”, disse.

Além disso, uma nova denúncia foi registrada por outro pai, relatando maus-tratos ocorridos em 2023. Vídeos entregues à defesa das vítimas mostram o menino autista amarrado em diferentes dias e locais, indicando que a prática pode ter se repetido.

“Meu filho não entende que foi torturado. Como ele não fala, não sabemos desde quando isso acontece. Queremos justiça”, desabafou a mãe da criança, Mirian de Oliveira Ambrozio.

A escola e a defesa da professora foram procuradas, mas não se manifestaram até a última atualização desta reportagem.

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